Brasileiras das classes A e B têm dependência, mas não fascínio pela tecnologia, diz estudo

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    As mulheres brasileiras das classes A e B já não conseguem viver sem acesso diário à tecnologia, mas se trata de relação mais prática do que a que os  homens mantêm com gadgets tecnológicos.

    Elas veem a tecnologia como uma forma de melhorarem suas vidas facilitar o dia a dia, sem grandes paixões e sem a preocupação de entender o que está por trás da mesma.

    A informação é de pesquisa do Grupo Troiano de Branding, especialista em branding e gestão de marcas.

    Os dados do estudo apontam que 70% das mulheres entrevistadas não conseguem viver sem computador. O percentual sobe para quase 86% na faixa etária até 29 anos.

    A dependência emocional em relação a novos aparelhos, como os celulares, é inversamente proporcional à idade. A metade das respondentes busca apoio de filhos, maridos ou companheiros para resolver detalhes técnicos.

    Na visão de Ana Luisa Negreiros, diretora do Grupo Troiano de Branding, a relação pragmática resulta do papel da mulher na história da tecnologia mundial, que, segundo ela, já começou marcada pela diferença de gênero.

    "Até hoje elas permanecem basicamente nos bastidores quando se trata das descobertas tecnológicas. As figuras do inventor e do cientista estão intimamente ligadas à identidade masculina", diz Ana Luisa.

    A especialista diz que o estudo também identificou uma mistura de sentimentos bons e ruins gerados pela tecnologia no universo feminino. De um lado, sentimentos positivos por conta das facilidades, rapidez, acessibilidade e divertimento.

    De outra parte, falta de contato físico e grande ansiedade provocado pela exposição da vida privada, sem falar que a ideia de que é possível estar em contato com o mundo o tempo todo geraria certa dependência emocional.

    "As mulheres afirmaram sentir uma sensação que nós chamamos de 'no touch', ou seja, um sentimento de que nunca se está em lugar algum de fato", afirma Ana Luisa.

    "Quando não estão acessíveis, muitas disseram sentir desconforto parecido com o de estar perdendo uma grande festa. Uma universitária disse: "quando você sai sem celular, é como se estivesse faltando uma parte do seu corpo", continua.

    O relatório do Grupo Troiano de Branding identificou cinco perfis das mulheres em relação ao uso e contato com a tecnologia.

    · Surfistas – seguem a "onda" do momento, são dependentes emocionais da tecnologia, sentem necessidade de estar conectadas 24h por dia, não aprofundam o uso que fazem dos aparatos, usam os  produtos de forma mais recreativa e com base em realização própria, e são muito ligadas a marca.

    · Mergulhadoras – são dependentes emocionais e práticas da tecnologia, têm instinto exploratório aguçado e avaliam bem as configurações de um produto antes de adquiri-lo.

    · Salva-vidas– dependentes práticas para quem a tecnologia existe apenas para simplificar suas tarefas cotidianas. Marca não é fator decisivo na hora da compra e o uso dos produtos se limita à necessidade.

    · Turistas –  não sentem grande impacto quando fcam sem o celular ou computador por um tempo, não têm vontade de entender sobre  o funcionamento dos produtos e precisam de alguém caso queiram se aprofundar.

    · Garotas da praia – são mais dependentes emocionais que práticas. Saber como determinado produto funciona é menos importante do que ter, caso seja o produto da moda. A marca tem papel fundamental na sua identidade.

    RELAÇÃO DAS MULHERES COM O
    COMPUTADOR

    TOTAL

    IDADE

    ATÉ 29
    ANOS

    DE 30 A 54
    ANOS

    55 ANOS OU
    MAIS

    Sem ele não consigo mais viver.
    Principalmente pelo trabalho

    %

    71

    86

    72

    44

    Aprendi a duras penas. mas hoje uso
    para o que preciso

    %

    26

    13

    25

    50

    Limitada. Sempre peço ajuda para
    usar

    %

    3

    1

    2

    6

    Fonte: Grupo Troiano de Branding

    O QUE AS MULHERES SENTEM QUANDO PERCEBEM QUE SAIRAM DE CASA SEM O CELULAR

    IDADE

    ATÉ 29
    ANOS

    DE 30 A 54
    ANOS

    55 ANOS OU
    MAIS

    Sente que vai fazer falta mas não se preocupa tanto

    %

    38

    43

    53

    Tem vontade de voltar para pegar

    %

    46

    39

    24

    Fica bem
    ansiosa

    %

    13

    10

    6

    Não se
    preocupa

    %

    3

    8

    16

    Fonte: Grupo Troiano de Branding

    A QUEM ELAS RECORREM QUANDO TÊM
    DÚVIDAS SOBRE COMPUTADORES OU INTERNET

    TOTAL

    IDADE

    ATÉ 29
    ANOS

    DE 30 A 54
    ANOS

    55 ANOS OU
    MAIS

    Filhos

    %

    24

    1

    24

    55

    Marido/
    companheiro

    %

    23

    27

    25

    9

    Internet

    %

    22

    32

    21

    10

    Amigos

    %

    10

    11

    10

    10

    Parentes

    %

    8

    11

    7

    5

    Outra

    %

    3

    2

    3

    7

    Ninguém

    %

    10

    16

    9

    3

    Fonte: Grupo Troiano de Branding

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