Engana-se quem pensa que dados bancários e informações privadas de empresas e pessoas são os únicos alvos da cobiça dos criminosos virtuais . Com a explosão do uso de redes sociais, os falsários também voltaram suas atenções para a função "Curtir" (ou "Like") do Facebook.
De acordo com a Bitdefender, que atua no segmento de antivírus, o roubo de milhares de "Likes" tem gerado páginas sem qualquer tipo de conteúdo, mas com uma visibilidade que vale milhares de dólares no submundo da internet, porque dá aos falsários uma plataforma capaz de atingir usuários da rede social com todo tipo de ameaça.
"Em fóruns clandestinos na Rússia, uma página com 100 mil 'Likes' é vendida por US$ 150 mil a US$ 200 mil", diz Bogdan Botezatu, analista sênior de ameaças da Bitdefender.
Eduardo D´Antona, diretor da Securisoft, distribuidor exclusivo da Bitdefender no Brasil, diz que além possibilitar o acesso e o roubo de dados, essas novas ferramentas do crime podem gerar conteúdos ofensivos capazes de comprometer a reputação da empresa e gerar processos.
O executivo explica que o roubo de "Likes" ocorre por meio de extensão maliciosa do Google Chrome instalada no computador do usuário quando ele, inadvertidamente, abre um anexo ou um link contaminado que recebe por e-mail.
Após isso, um malware age de forma a "escravizar" a conta do usuário, que passa a ser usada pelo criminoso para "curtir" páginas indevidas, enviar mensagens de spam à rede de amigos e publicar links maliciosos no feed de notícias ou na linha do tempo, sem o conhecimento do usuário.
A Bitdefender informa que introduziu na sua suite Bitdefender Total Security uma solução para por fim à extensão maliciosa do Google Chrome que rouba "Likes" no Facebook.