A Telefónica está adotando elementos de machine learning na rede da subsidiária britânica O2, com objetivo de reduzir problemas de latência e perda de pacotes de forma mais rápida e antecipada. A companhia demonstrou durante a Mobile World Congress nesta quarta, 1º, o caso com a solução da fornecedora Cardinality para realizar microanálises, correlação de eventos e utilização de big data para solucionar o problema. A técnica, segundo o CEO da fornecedora, Stephen Bowker, ajuda ainda a reduzir o churn. "Ela identifica serviços que degradam, em vez de reagir quando clientes reclamam", disse ele durante painel.
A tecnologia é utilizada em conjunto com o modelo de rede auto-organizável (SON), tornando os processos automatizados. "Um modelo da rede roda (virtualmente) e começa a fazer mudanças, e aí vê que ações podemos tomar para otimizar a infraestrutura proativamente", declara o representante da O2, Brendan O'Reilly.
Para o presidente e CEO da fornecedora Accedian, Patrick Ostiguy, "isso não é mais um experimento". "Já aplicamos na (operadora sul-coreana) SK Telecom para auto-otimizar as redes enquanto ganham capacidade e desempenho em tempo real", diz. Ostiguy acredita que machine learning será essencial para o futuro padrão 5G. "As redes serão mais virtualizadas, dinâmicas por natureza. E assim, mais complexa de automatizar e gerenciar", prevê.