O primeiro dia do WiMax Global Congress 2009, que acontece esta semana em Amsterdã, foi inteiramente dedicado à discussão da introdução da tecnologia em mercados emergentes. O economista-chefe responsável pela divisão de tecnologia de informação do Banco Mundial, Phillipe Dongier, abriu o evento trazendo um dado atualizado sobre a co-relação entre crescimento de banda larga e o desenvolvimento do produto interno bruto (PIB) dos países emergentes. O dado será divulgado oficialmente em 30 de junho, mas a informação já adiantada pelo economista é que a cada 10% de crescimento na penetração de banda larga, o PIB cresce 1,2%. Hoje no mundo, segundo as estimativas do Banco Mundial, há 500 milhões de usuários de banda larga, e serão 1,2 bilhões em 2014. Segundo o estudo, 40% deste crescimento será mobile.
Para Dongier, algumas lições, como o sucesso do pré-pago em mercados emergentes (cuja participação é de 72% no total de acessos), mostram que muitas vezes a melhor coisa a ser feita para se permitir o desenvolvimento das telecomunicações é justamente não fazer nada, ou ser o mais flexível possível, pois os usuários sempre escolherão tecnologias alternativas que tragam vantagens. Ele foi especialmente enfático em relação à flexibilidade de uso do espectro, uma bandeira antiga dos operadores de WiMax. O Banco Mundial, contudo, não toma partido: "Oferecemos financiamento para redes de acesso, mas pedimos aos governos que sejam neutros em termos de tecnologia".
Dongier, contudo, acredita que ainda seja necessário encontrar uma solução de estimular a competição em banda larga como foi em alguns países o unbundling para voz.
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