A Organização das Nacões Unidas (ONU) lançou na quinta-feira, 31 de maio, a Foundation for Digital United Nation, fundação voltada para o fomento de projetos digitais que vão ao encontro dos interesses do órgão. Em um vídeo divulgado em seu site, o secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, defendeu o poder das das tecnologias da informação e comunicações (TICs) como um "viabilizador estratégico para transformar a ONU em uma organização global eficaz, eficiente e transparente".
As primeiras propostas de projetos consideradas pelo quadro de diretores da fundação serão nas áreas de gestão de crise da informação, que terá orçamento de US$ 5,5 milhões, e a modernização de artifícios de conferências (eDiplomacy), que contará com a mesmam quantia. Todas as informações serão divulgadas no site www.digitalun.org. Dentre as metas defendidas pelo órgão, estão o desenvolvimento pacífico e seguro de questões sociais, humanitárias, direitos humanos e legislação internacional. "A Fundação irá promover a tecnologia para alcançar comunicação, conhecimento, e melhorar a tomada de decisões em escala global, maior do que é realizada hoje", diz o site.
Os projetos contemplados pela fundação serão divididos em 80% para iniciativas de longo prazo ou com impacto significativo (que não foram detalhados) e 20% para projetos independentes, focados em inovação e respostas ágeis aos problemas apontados pela ONU. O Escritório de Tecnologia da Informação e Comunicação da ONU (OICT) irá auxiliar a escolha dos eleitos.
União Europeia
Durante a Human Rights Conference, evento realizado esta semana no Rio de Janeiro, a diretora executiva da organização não-governamental Conectas, Juana Kweitel, chamou atenção para o modelo regulador de direitos humanos proposto pela ONU para empresas de tecnologia. O documento foi adotado por algumas companhias no ano passado e "muitas alcançaram bons resultados, mas não foram todas". Segundo ela, atendendo a uma demanda da União Europeia, um grupo de trabalho especial retomou o estudo desse conjunto de normas para uma nova revisão da sociedade civil antes de passar novamente por especialistas e representantes.
"O documento está aberto por 30 dias para comentários. Estamos endereçando a regulamentação do setor neste momento e eles estão abertos a discussões, com grandes temas em torno de liberdade de expressão, privacidade, além de outros mais abrangentes, como trabalho, tratados armamentistas e dispositivos eletrônicos", pontuou Juana.