A Oracle sofreu mais um revés na quinta-feira, 31 de maio, em seu processo aberto há quase dois anos contra o Google no qual acusa a empresa por quebra de patentes do Java no desenvolvimento do sistema operacional para dispositivos móveis Android. O juiz federal da Corte de São Francisco, na Califórnia, William Alsup, decidiu que o uso das 37 APIs (interfaces de programação de aplicativos) da lnguagem Java pelo Google não se encaixam no rol de violações da lei de direitos autorais.
Em comunicado, o gigante das buscas afirmou que "a decisão do tribunal sustenta o princípio de que as linguagens de programação, abertas e interoperáveis, formam uma base essencial para o desenvolvimento de software. É um bom dia para a colaboração e a inovação". A Oracle, por sua vez, disse que irá recorrer da decisão. A fabricante de software pedia indenização que, segundo o professor da Universidade de Boston, Iain Cockburn, poderia variar de US$ 1,4 bilhão a US$ 6,1 bilhões. O valor máximo representa quase a totalidade dos US$ 7,4 bilhões que a Oracle pagou para adquirir a Sun Microsystems, detentora da tecnologia Java, em meados de 2009.
No início de maio, o júri decidiu que o Google havia infringido o direito, mas não havia conseguido decidir, após dias de deliberações, se esse uso constituía "uso justo". Com informações de agências de notícias internacionais.