O Coronavírus rompeu a normalidade que vivíamos. Entramos em uma nova era, na qual não estávamos preparados porque não temos como cultura a gestão de riscos, os planos de contingências e a simulações em estado de emergência. Depois dessa ruptura, ficou claro que as operações não serão as mesmas. E as pessoas também não.
E como devemos operar nesse novo cenário? Como podemos abrir nossas mentes para readequar os planos de segurança sistêmica agora e depois da retomada pós Covid-19? Ao que tudo indica, teremos um 'novo normal', que deverá ser contemplado com as lições aprendidas e as novas possibilidades geradas com a pandemia, sobretudo em termos da Transformação Digital, que provou ser essencial para ampliar a visão do negócio, melhorando os processos com segurança e menos perdas.
No quesito segurança patrimonial, há uma nova abordagem: a gestão remota disruptiva e exponencial, que está integrada em pessoas, procedimentos de rotina e de emergência, tecnologia integrada e auditoria das conformidades dos serviços de forma contínua, gerando aprendizados e novos procedimentos, além de mitigar riscos futuros.
Levando em consideração esses pontos, é possível aumentar o foco e a qualidade dos serviços, corrigir em tempo real as não conformidades dos procedimentos, assim como contemplar o monitoramento de ameaças internas e externas, como saques, invasões, vandalismos, sabotagens, desordens públicas, filas de carros na via pública, tumultos de pessoas, roubos de cargas, tentativas de arrombamento, perda de produtos, entre outras vulnerabilidades.
Já existem centrais de monitoramento operando com indicadores que trazem resultados eficientes. Por meio da aliança entre riscos, inteligência, tecnologia, engenharia e segurança, é possível identificar comportamentos indevidos remotamente, como a medição de tempo e movimento de pessoas e veículos, tempo de espera em filas, se as pessoas estão utilizando máscaras e o distanciamento social, verificar se houve uma limpeza naquele local que era considerado de alto risco, como numa área hospitalar, se existe uma aglomeração de pessoas numa determinada gôndola com produtos de alto risco, entre outros. São avaliações imediatas de comportamentos preventivos e suspeitos que dão um alerta para realizar acionamentos em tempo real.
Isso significa ter uma visão sistêmica e integrada utilizando os equipamentos tecnológicos já existentes, tornando a gestão viável, além de monitorar as ameaças internas e externas com baixo custo. Essa é a reflexão provocativa: monitorar remotamente com eficiência e resultados.
Os sistemas de segurança atuais estão demandando budgets milionários destinados à implantação de sistemas tecnológicos de última geração. Aqui está a atenção: a gestão da segurança não está baseada apenas na tecnologia. É necessário o equilíbrio com outros pilares: pessoas, procedimentos e a gestão contínua.
Com isso, é possível ter níveis de controle, garantia de entregas, rastreabilidade e produtividade dos serviços, além de realizar ações preventivas, gerando aprendizados e novos procedimentos. O modelo disruptivo e exponencial de segurança está pronto e disponível. Cabe aos gestores avaliarem essa nova gestão remota, com o mínimo de investimento, avaliando os riscos, revisitando os contratos existentes, buscando ampliar a eficiência integrada e, de certo, atingir melhores resultados.
Ellen Pompeu, diretora executiva da ICTS Security.