Uma pesquisa recente do Gartner com mais de 1.800 líderes revela que 55% das organizações possuem um Conselho de Inteligência Artificial (IA). A pesquisa também indica que 54% das empresas têm um responsável por essa tecnologia ou um líder de IA para orquestrar as atividades.
"As descobertas mostram que as organizações estão divididas quanto à necessidade de um Conselho de IA", disse Frances Karamouzis, Vice-Presidente de Pesquisa do Gartner. "A resposta é sim, as empresas precisam ter um Conselho de IA para transcender os desafios multidisciplinares, impulsionar o valor e reduzir os riscos. No entanto, a duração, escopo e os recursos são específicos do contexto e dependem do caso de uso. Para alguns, é uma medida temporária. Para outros, é uma mudança de longo prazo no seu modelo operacional."
A pesquisa também incluiu 1.808 profissionais que participaram de um webinar do Gartner em junho de 2024, discutindo como os líderes podem avaliar os custos, os riscos e o valor das iniciativas de IA e IA Generativa (GenAI). Os resultados desta pesquisa não representam descobertas globais ou o mercado como um todo.
Regras claras
A responsabilidade pela Inteligência Artificial está dispersa. Além disso, algumas organizações são descentralizadas, isoladas ou não têm clareza sobre onde as iniciativas de IA devem se situar. Quando questionados sobre quem é responsável pelas iniciativas de IA, apenas um quarto dos respondentes indicou um papel claro (veja Figura 1).
Figura 1: Responsabilidade pela entrega de IA
Pergunta: Quem é o principal responsável pelas iniciativas de Inteligência Artificial?
– Porcentagem de entrevistados
Fonte: Gartner (junho 2024)
"A composição do Conselho de IA deve ter representação de várias disciplinas e unidades de negócios", explica Karamouzis. "Cabe a cada organização determinar a melhor abordagem para impulsionar a velocidade e agilidade dentro de sua organização, garantindo que o Conselho não se torne ingovernável e improdutivo devido à incapacidade de se reunir ou de alcançar consenso."
Quando solicitados a identificar os três principais focos do mandato do Conselho, 26% dos executivos identificaram a governança, e outros 21% indicaram que a estratégia deve ser um dos focos principais.
"A composição dos membros do Conselho deve alinhar a experiência com o escopo do mandato", disse Karamouzis. "Os membros do Conselho devem ser executivos de nível sênior e experientes, com fortes habilidades em estratégia e execução, especialmente se tiverem ambições de GenAI."
Líderes de IA são mais presentes nas organizações do que os CAIOs
Dos 54% dos executivos que indicaram que suas empresas tinham um responsável por Inteligência Artificial ou um líder de IA, 88% disseram que seu líder de IA não possuía o título de Chief AI Officer (CAIO).
Os líderes de alto nível seguem as direções de seus Conselhos de Administração, e a maioria dos boards não deseja expandir o C-Level. Apesar disso, os Conselhos querem um líder de IA responsável pela orquestração de Inteligência Artificial.
"IA e GenAI são complexas e abrangentes, tocando todos os trabalhos, atividades e conversas estratégicas das empresas", disse Karamouzis. "No entanto, isso não significa que as pessoas ou as equipes responsáveis por orquestrar a IA nas empresas4 precisam ter um título ao nível de C-suite."
Insights adicionais estão disponíveis no webinar gratuito do Gartner "AI and GenAI Practical Demands: Quantifying Cost, Risk and ROI." Saiba como passar do planejamento para a aplicação de Inteligência Artificial neste podcast gratuito do Gartner "Generative AI in 2024: How to Move From Experimentation to Implementation."