A Zilia Technologies, especialista na manufatura de componentes semicondutores e de dispositivos eletrônicos de memória no Brasil, anuncia a realização de investimento de R$ 650 milhões até o final de 2025, com o objetivo de expandir sua capacidade produtiva, ampliar seu portfólio de produtos, explorar novas oportunidades de negócios e atender a diferentes mercados, inclusive o externo.
Desse valor, cerca de R$ 475 milhões serão destinados ao aumento da sua capacidade produtiva atual. Suas duas fábricas, localizadas em Atibaia/SP e em Manaus/AM, receberão novas máquinas e equipamentos, que serão utilizados tanto no encapsulamento e testes de novos circuitos integrados, como na montagem de dispositivos eletrônicos baseados em semicondutores. A área de produção da fábrica de Atibaia também será ampliada em cerca de 1,5 mil metros quadrados, e receberá uma nova linha de produtiva, dedicada à exportação.
Os outros R$ 175 milhões serão destinados a atividades de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), com foco em produtos, processos industriais e qualificação de recursos humanos.
A empresa também confirmou o lançamento de novos componentes, como memórias DDR5 e LPDDR5, uMCP, UFS 4.0 e NandFlash, além de novas soluções em módulos de memória e outros dispositivos eletrônicos, como os SSDs (solid state drives) de quarta e quinta gerações, que permitirão a entrada definitiva da Zilia no mercado de industrial storage.
Rogério Nunes, CEO da Zilia, ressalta que os investimentos colocarão a empresa em uma posição única, que propiciará a diversificação de portfólio, a entrada em segmentos ainda não explorados pela empresa e a fabricação de produtos destinados a outros mercados, adicionalmente ao brasileiro.
"Os primeiros meses desta fase nova, iniciada quando nos tornamos Zilia Technologies ao final de 2023, já mostram que adotamos a estratégia correta. Além de fortalecermos as parcerias que temos com nossos fornecedores e clientes correntes e de buscarmos sempre oferecer o que há de mais avançado em memórias, estamos lançando novos produtos e nos preparando para o mercado de varejo. Isso expandirá nosso alcance para além dos atuais segmentos de OEMs (Original Equipment Manufacturers)". Em breve, a empresa pretende começar a exportar dispositivos de memória em forte parceria com a Longsys, detentora das marcas Lexar e Foresee, além de produzir outros dispositivos private label.
De acordo com Nunes, o setor de semicondutores tem papel estratégico, por ser a base de todas as outras tecnologias. Por isso, diversos países investem pesadamente na concepção e nos processos de manufatura de semicondutores, incentivando as atividades de P&D e a produção de componentes avançados pelas indústrias locais. "O apoio do governo neste processo é a chave para melhores resultados e para o aumento da competitividade de todo o setor. Já temos um programa de apoio ao design e à produção de semicondutores, chamado PADIS. A continuidade e o aprimoramento desse programa propiciarão a construção de parcerias fortes e duradouras, inserindo o Brasil nesse cenário global e bastante promissor de chips", finaliza.