A indiana InMobi, uma das maiores redes de publicidade móvel do mundo, abrirá escritório no Brasil este ano, de onde coordenará seus negócios na América Latina. "O Brasil é um país bastante receptivo para se fazer negócios em mobilidade. Estamos muito empolgados com essa oportunidade", disse Khamir Bhatia, diretor de projetos estratégicos da InMobi, que esteve no País na semana passada para uma série de reuniões. Ainda não está definido quantas pessoas serão contratadas para a abertura da filial brasileira. Embora esteja entusiasmado com a entrada no País, o executivo tem algumas críticas: "o maior desafio no Brasil são os impostos. É um país caro, tanto em termos de custo de vida quanto em contratação de pessoas, quando comparo com o resto da América Latina e com outras nações emergentes."
A InMobi oferece uma plataforma para distribuição de anúncios em sites e aplicativos móveis. Trata-se, portanto, de uma concorrente da AdMob e da iAd, que pertencem ao Google e à Apple, respectivamente. A InMobi é particularmente forte em países emergentes. Ela registra atualmente 36 bilhões de impressões por mês (uma impressão é contada a cada vez que uma página com anúncio é exibida), atingindo 314 milhões de consumidores. A América Latina responde por 1,8 bilhão de impressões por mês em sua plataforma, dos quais cerca de 450 milhões acontecem nas telas de dispositivos móveis de usuários brasileiros.
A rede de publishers da InMobi é composta por mais de 10 mil empresas. Elas inserem em seus sites e aplicativos um pequeno código para receber banners da adnetwork. No Brasil, a comunidade de desenvolvedores que utiliza a solução indiana ainda é pequena, reconhece o diretor.
Cerca de 2 mil anunciantes usam a plataforma para divulgar suas marcas, produtos e serviços. "É uma ferramenta para anunciantes globais, que queiram escala", explica Bhatia. O cliente pode segmentar a entrega do anúncio por tipo de site ou aplicativo (games, esportes, estilo de vida etc), por país, por operadora, por sistema operacional (Android, iOS) e por fabricante de aparelho. Depois disso, é usado o sistema de "blind delivery", ou seja, a distribuição é feita às cegas: o anunciante não escolhe exatamente em qual aplicativo ou site sua propaganda aparecerá. A cobrança é feita por quantidade de cliques. A receita é dividida entre a InMobi e os publishers.
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