Brasil ocupa 10ª posição no mercado de software, segundo a Abes

0

O Brasil terminou 2011 como o 10º mercado mundial de software e serviços, com faturamento de US$ 19,5 bilhões. Foi o equivalente a 2,1% do total de US$ 941 bilhões faturados mundialmente. Os dados são da pesquisa da Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes) sobre o mercado brasileiro de software e serviços de TI, com panoramas e tendências do setor estudados em conjunto com a IDC.

O estudo revelou ainda que os investimentos mundiais em tecnologia da informação, que engloba o mercado de hardware, software e de serviços, totalizaram US$ 1,7 trilhão no ano passado. O Brasil foi o sétimo maior investidor, responsável por US$ 42,5 bilhões, um crescimento de 14,8% em relação ao ano anterior. Dentro dessa cifra, US$ 6,18 bilhões foram aplicados no mercado de software, enquanto o de hardware deteve US$ 23,01 bilhões e o segmento de serviços, US$ 13,31 bilhões dos aportes.

Tendências

Para a Abes, as maiores tendências de TI para o mercado brasileiro neste ano são data center e computação em nuvem, redes móveis, consumerização, business intelligence (BI) e big data. Além disso, a Copa do Mundo de 2014 terá impacto no desenvolvimento de tecnologias. Segundo estima o vice-presidente do Conselho da Abes, Jorge Sukarie, ainda falta 85% de investimento do governo em infraestrutura preparatória para o evento, o que abre espaço para o setor. De acordo com a IDC, contudo, a evolução da TI só tomará corpo a partir do ano que vem.

O estudo também prevê aumento de 8,8% nos gastos com TI e comunicação; elevação de 7,2% nas despesas com hardware, 7,2% com telecomunicações e de 8,6% com software. O segmento de serviços será o responsável pelo maior crescimento nos custos, de 11,1%.

Preocupações

Além das tendências, a Abes computou as preocupações do setor, em especial a insegurança jurídica. A relação entre empresas e profissionais é uma discussão permanente que está sujeita às imposições da interpretação da fiscalização trabalhista.

Ainda relacionada às relações de trabalho, outro atributo preocupante é a Lei N° 12.546, que normaliza o Plano Brasil Maior. Com objetivo de reduzir custos e aumentar a competitividade da indústria de TI brasileira, a redução da alíquota de 20% da contribuição dos empregadores ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para 2,5% sobre o faturamento, só beneficia as grandes companhias do setor, na visão da Abes. A Medida Provisória 563 reduz ainda mais essa taxa, com aplicação das alíquotas de 1% ou 2%, conforme o caso.

Jorge Sukarie comenta que essa medida, aprovada e implantada a partir dessa quarta-feira, 1º, prejudica micro e pequenas empresas que possuem pouca mão de obra. “A ideia inicial é, contudo, reduzir as alíquotas para todas as atividades do setor de TI”, argumenta o vice-presidente do conselho da Abes.

A associação também destacou as plataformas de código aberto, fomentadas pelo governo, pois elas reduziriam a produtividade de empresas que oferecem esses serviços. Além disso, a Abes critica o baixo nível de proteção à propriedade intelectual e o baixo investimento em pesquisa e desenvolvimento e inovação como riscos ao setor de TI.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.