Autoridades da Comissão Nacional sobre Informática e Liberdades (CNIL, na sigla em francês), órgão responsável por garantir a privacidade e as liberdades individuais no mundo digital, pediram dados ao Google na terça-feira, 31, para analisar os dados coletados em sigilo pelo gigante de buscas no acessos à internet sem fio. A empresa assumiu o armazenamento de informações sem autorização durante o mapeamento das ruas para o projeto Street View, apesar da promessa de que iria excluí-las.
Segundo informa o The New York Times, a polêmica ganha força poucos dias depois de a agência Information Commissioner's Office (ICO), do Reino Unido, ter feito a mesma solicitação. Assim como no caso do órgão britânico, as autoridades francesas solicitaram ao Google para não apagar os dados armazenados, com a finalidade de verificar a sua natureza e poder tomar uma decisão sobre a questão.
"O Google confirmou recentemente que ainda tem em seu poder uma porção de dados coletados pelos veículos do Street View. A empresa pede desculpas por este erro, e agora gostaria de apagar os dados restantes", declarou a companhia em comunicado. Segundo o Google, nunca houve intenção de coletar dados. Além disso, a norte-americana alegou que o ocorrido resultou após erros cometidos por um engenheiro que trabalhava no programa Street View.
Em março deste ano, a CNIL decidiu aplicar uma multa ao Google no valor de 100 mil euros após constatar que o site havia realizado o rastreamento e guardado informações sem o conhecimento dos usuários no serviço em questão.