Com uso da IA, cibercrime produzirá um ransomware 48 vezes mais rápido

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Já imaginou conseguir otimizar o seu trabalho ao ponto de executá-lo em menos de 2% do tempo que levaria? Muito se fala com relação ao boom da IA Gen e como ela auxilia na otimização de diversos processos dentro das empresas. Mas qual empresa teria conseguido esses resultados? De acordo com Haider Pasha, CSO EMEA & LATAM da Palo Alto Networks, esses números pertencem ao cibercrime, que em 2022 levava cerca de 12 horas para construir um Ransomware, contudo, segundo as projeções, até 2026 os hackers levarão apenas 15 minutos para ter pronto um dos ataques que mais aterrorizam as empresas ao redor do mundo.

Segundo relatório feito pela ISH Tecnologia, o Brasil atualmente consta como o 7° maior alvo desses ataques em todo o mundo. Walter Calza Neto, sócio da CNK Advogados e DPO do Corinthians, acredita que atualmente exista uma falta de conscientização e seriedade no enfrentamento do tema. "As empresas pequenas e médias acham que Cibersegurança é um assunto secundário. 6 em cada 10 pme's fecham em 10 meses após um ataque severo.", apontou.

O uso da IA pelos cibercriminosos 

De acordo com Paulo Baldin, CISO/DPO, o avanço da Inteligência Artificial Generativa vai permitir que o cibercrime eleve e sofistique cada vez mais seus ataques, tornando-os mais rápidos e muito mais eficazes. "Mais de 75% das empresas no Brasil são de pequeno e médio porte, o que significa que não tem investimento e profissionais dedicados à cibersegurança, aumentando a sua vulnerabilidade", afirma.

A preocupação do executivo é com relação a automatização na produção de malwares e ransomwares, sendo assim, distribuídos de uma maneira muito mais veloz, tornando difícil para os sistemas tradicionais identificarem esse tipo de ataque.

Baldin menciona outra preocupação relacionada a IA Gen, os Deepfakes, que segundo ele, estão cada vez mais reais, produzindo vozes e vídeos, podendo ser, por exemplo, utilizados dentro do próprio processo de recrutamento das empresas, que acabam contratando alguém que não é realmente aquela pessoa.

Os riscos da IA a proteção de dados

Em dezembro do ano passado, um caso chamou a atenção de todos, quando uma falha de segurança no Chat-GPT forneceu dados de executivos após um simples prompt. Segundo Calza Neto, nos últimos 2 anos, muitas empresas médias e grandes estão buscando políticas internas com relação ao uso da IA, sendo um ponto crucial a proibição da inserção de qualquer dado em ferramentas de IA Generativa.

"Hoje eu entendo que toda a empresa precisa ter uma uma política de uso de Inteligência Artificial, e nesta política você tem que prever a impossibilidade de inserir nas ferramentas questões confidenciais. Muitas empresas estão optando pela proibição do Chat-GPT ou do Copilot, mas na minha opinião, é ir na contramão da evolução, porque você perde todos os benefícios da IA". comenta.

O executivo finaliza dizendo ser favorável ao uso da IA dentro das empresas, contudo, reafirma a necessidade delas criarem políticas internas para evitar problemas de vazamento de dados.

Como inovar a estratégia de cibersegurança na era da IA Generativa?
Walter Calza Neto e Paulo Baldin estarão juntos de Diego Eloir Fernandes, CEO da Skysec, divisão e segurança digital da Skymail, André Tritapepe, head de Segurança da Informação da Cogna, e Bruno Oka, Cybersecurity Business Consultant na Schneider Electric, no TI Inside Innovation Forum. O evento ocorrerá no dia 22 de agosto no WTC-SP, e contará com os principais nomes da tecnologia e da inovação em todo o Brasil. Para mais informações acesse o site.

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