A Liga Ventures que conecta startups e grandes empresas para geração de negócios, anuncia o lançamento do estudo que mostra a evolução das startups do setor de energia no país. Ao todo, foram mapeadas 252 startups que estão ativas e utilizam diferentes tecnologias com o objetivo de transformar o sistema energético e entregar melhores soluções e serviços para os consumidores.
O levantamento aponta que elas estão divididas em 11 categorias, como eficiência energética (20,24%); geração compartilhada (15,08%); data analytics (12,3%); sustentabilidade (11,51%); gestão de consumo (9,52%); e-mobilidade (9,13%); comercialização e financiamento de energia (8,33%); gestão de equipes e operações (5,16%); novos equipamentos (3,97%); inspeção por imagem (2,78%) e baterias (1,98%).
Em relação ao ano de fundação das startups, cerca de 16% delas foram criadas entre 2020 e 2023. Já as principais categorias de energytechs ativas fundadas de 2020 a 2024 foram sustentabilidade (24%); comercialização e financiamento de energia (15%); eficiência energética (12%); geração compartilhada (12%) e e-mobilidade (10%). Sobre os investimentos no segmento, foram realizados 22 deals entre janeiro de 2023 e junho de 2024, que movimentaram cerca de R$ 680 milhões.
"O setor dobrou em quantidade de startups entre 2016 e 2022, e tem apresentado uma média consistente e interessante de deals desde 2020, provando que é atrativo e com potencial de crescimento. O que era há anos um mercado fechado para novos entrantes tem hoje se tornado um espaço de oportunidades para novas empresas, em várias tendências diferentes: eficiência energética e uso de dados para companhias que vão buscar por redução de custos; mobilidade elétrica, com a radical transformação desse segmento nos últimos cinco anos; e ESG e energias renováveis puxadas por um movimento global de descarbonização e menos dependência de uma ou outra matriz energética.
O Brasil é um país em que essas três tendências estão na pauta do governo, do órgão regulador, das empresas e dos empreendedores. Portanto, é provável que ainda vejamos muita inovação surgindo", analisa Guilherme Massa, cofundador da Liga Ventures.
O estudo mostra também que 25 das startups analisadas aplicam inteligência artificial em suas soluções com o intuito de detectar perdas não técnicas, desagregação do consumo de energia, gestão de recursos de energia distribuídos, atendimento ao consumidor, recarga inteligente de veículos elétricos e manutenção preditiva e previsão de falhas.
O levantamento traz ainda as regiões com maior distribuição de startups ativas. No primeiro lugar do ranking está São Paulo (37%); seguido de Santa Catarina (12%); Minas Gerais (11%); Rio de Janeiro (10%); Paraná (9%), Rio Grande do Sul (7%), Distrito Federal (4%), Ceará (2%), Espírito Santo (2%) e Pernambuco (2%).
Outro dado interessante se refere à análise da maturidade das energytechs mapeadas, onde 34% são emergentes, 35% estão estáveis, 20% são nascentes e 10% delas disruptores. Com relação às tecnologias mais aplicadas, destacam-se Data Analytics (39%), Inteligência Artificial (30%), Mercado Livre de Energia (21%), Machine Learning (21%) e Veículos Elétricos (20%). Já referente ao público-alvo, o estudo mostra que 60% das startups têm como foco o mercado B2B.
Para realizar o estudo foram utilizados dados da ferramenta Startup Scanner, plataforma criada pela Liga Ventures que identifica e acompanha dados de startups do Brasil e América Latina para que grandes empresas, pesquisadores e empreendedores possam entender as movimentações do mercado e encontrar oportunidades de negócios sinérgicos à sua atuação.