Thomas Friedman, escritor, jornalista do ?The New York Times?, autor do best seller ?O Mundo É Plano?, que explica as bases econômicas e tecnológicas do salto que países como a China e Índia deram nos últimos anos virá a convite da Congregação Israelita Paulista ? CIP, no próximo dia 13, para ministrar uma palestra e participar de uma mesa-redonda promovida pela instituição.
O Mundo é Plano foi eleito como melhor livro de negócios de 2005 pelo jornal londrino ?Financial Times?. Friedman se denomina um entusiasta de tudo quanto permita à humanidade ?maior comunicação, colaboração e inovação?.
Para o escritor, quando o mundo é plano, ?você pode inovar sem emigrar. Um brasileiro não precisa ir para Palo Alto ou Boston: ele pode inovar em São Paulo ou Brasília.Os indianos estão fazendo isso?, exemplifica.
Segundo Friedman, houve um tempo em que a Índia era famosa por exportar engenheiros e pesquisadores. Hoje, muitos indianos preferem permanecer próximos de sua cultura, comer seus pratos típicos, vestir sua própria roupa, freqüentar as festas familiares. ?Outros tantos ainda preferem trabalhar nos Estados Unidos. Mas isso já não é mais uma necessidade, é uma opção?, declarou em entrevista à revista ?Veja?, em dezembro de 2005.
Friedman aborda também a importância da educação na competição global e cita como exemplo a criação de vários institutos de tecnologia criados na Índia, depois de sua independência. Questionado sobre o que é necessário para um país se inserir no que ele chama de ?mundo plano?, a resposta é rápida: precisa acertar três fundamentos.
Em primeiro lugar, investir em infra-estrutura: banda-larga, celulares, linhas telefônicas, portos e aeroportos. ?Não há sentido em viver em um mundo plano se você não consegue se conectar a ele?, observa. O segundo elemento, diz Friedman, ?é a educação; em terceiro lugar, você precisa das políticas públicas corretas?.