A Tecnologia de Informação tem sido usada apenas como suporte para que as empresas tenham informações sobre os negócios ou como estratégia, gerando um diferencial para o mercado?
Para as grandes companhias de várias partes do mundo, a resposta é cada vez mais clara. O uso da tecnologia ultrapassou os aspectos estrutural, técnico e organizacional para atuar de forma mais ampla, como um fator estratégico para os negócios.
Um fato que pode confirmar essa tendência foi o resultado de uma pesquisa com CIOs realizada pelo Gartner nos Estados Unidos e na Europa. O objetivo era investigar as possíveis mudanças que a TI teria até 2012 e, para tanto, foram levantadas as opiniões de líderes seniores de TI de companhias com 500 a 10 mil funcionários em média.
O resultado concluiu que há uma tendência definitiva que troca o papel tático e organizacional da TI por um papel estratégico para a gestão do processo de negócios. Outra importante conclusão é que as empresas com maior componente de inovação apresentam uma tendência notável de adotar áreas de TI com foco em ativos de informações e processos, em relação àquelas que usam a TI com finalidade maior de obter mais eficiência técnica.
Um outro estudo do mesmo instituto revela que no restante deste ano e nos próximos, os gastos das empresas com TI vão crescer mais rápido do que o próprio crescimento econômico mundial. As empresas estão preferindo, em vez da compra de ativos de hardware e software, comprar recursos de TI como serviços.
No Brasil, essa tendência parece acompanhar o ritmo mundial. Segundo o IDC, dos US$ 491 milhões que os serviços de TI movimentaram no mundo em 2007, num ritmo de crescimento de 5%, o Brasil deteve a fatia de 1,7%. No ranking global de serviços de TI, de acordo com a IDC, o mercado nacional está em 10º. lugar, adiante dos outros países do BRIC nos investimentos com serviços de TI.
Com tantos novos recursos surgindo todos os dias, especialmente as pequenas e médias empresas precisam garantir que a tecnologia que vão adquirir é eficaz para suas necessidades e, mais ainda, pode ser utilizada como vantagem competitiva. Mas isso requer especialização.
O mercado já percebeu que contratar prestadores de serviços para fornecer esses recursos vale a pena. Nenhum empresário pode colocar em risco o sucesso de seus esforços de crescimento, deixando o assunto TI relegado a segundo plano. Ou vai ver seu parque tecnológico envelhecer, sua segurança de informações ficar vulnerável e às vezes até encontrar problemas para extrair as informações necessárias para suas operações. Simplesmente porque nem tudo pode ser resolvido internamente.
Ao contratar um serviço qualificado de TI, a empresa tira dos ombros a preocupação com uma área que não é seu produto final. Passa a outras mãos itens como desenvolvimento e gerenciamento de aplicações de sistemas; Manutenção, Revisão e Mapeamento de Processos; Gerenciamento de Projetos; Suporte à infra-estrutura de computadores; serviços profissionais e de consultoria; Gerenciamento de rede e segurança; Data Center e links de acesso, dentre outras.
A terceirização de TI está mudando para um perfil mais amplo e deve ser focada como meio de impulsionar os negócios. Além do mais, terceirizar permite ao empresário ganhar mais tempo para estar focado no seu negócio, ter custos mais baixos e planejados e ainda ter a vantagem da flexibilidade. Abrir a mente para essa realidade coloca qualquer empresa à frente na disputa diária do mercado.
Edmilson Rosa é consultor e diretor da P2HE.