Weslyeh Mohriak, country diretor da Automation Anywhere Brasil, em sua palestra na 5ª edição do RPA- Robotic Summit, promovido pela TI Inside, disse que para ele, o RPA não é a coisa mais crítica e importante no processo de transformação digital baseado em automação, mas a nuvem."
"A cloud tem um papel importante neste processo e para se ter uma ideia do que viabiliza, na Automation Anywhere temos hoje 3 milhões de robôs em produção que chamamos de trabalhador digital ( ou seja um robô que atua junto com uma pessoa). Hoje temos clientes muito grandes e pequenos também. A automação serve para quem tem uma necessidade clara. Muitos começaram como um teste, agora já estamos falando de organização, de estratégia e o que está acontecendo de fato.", explicou.
Segundo ele, a automação é um tecido de transformação digital que permeia toda a organização, não apenas nos departamentos, ou seja, ela está presente diante dos problemas e desafios de uma empresa que pretende estar numa jornada de automação. "Preciso destacar a importância da Governança e da criação do Centros de Excelência que podem ser críticos para as companhias bem como o desenvolvimento de Inteligência Artificial e Machine Learning para quem está embarcando nesta jornada", disse.
Como disse Moriak, a nuvem nos processos de automação apresenta vantagens, mas a principal delas é a agilidade, pois para esse início basta um browser e deixar de ter custos de infraestrutura e manutenção, implementar camadas de segurança e facilidades de mudanças e escalabilidade, além de uma grande capacidade de armazenamento.
"A nuvem na automação tem uma diferença grande daqueles processos migrados de plataformas convencionais e os benefícios inúmeros para as arquiteturas nativas pois não é preciso mexer em estruturas monolíticas, neste ambiente tudo fica mais fácil e ágil", reforçou.
Conforme disse o executivo, 80% dos clientes da empresa já começam em cloud e especialmente os que têm dados sensíveis, um exemplo são os bancos. "Um de nossos clientes é o Banco Itaú que pretende nos próximos 18 meses ter todos os sistemas do banco migrados para nuvem, sendo para eles um movimento irreversível, com segurança e confiabilidade", exemplificou.
Ele também contou que a AA tem uma parceria com o Google que possibilitou implementar modelos com IA prontos para uso em clientes, com modelos treinados, na língua nativa do cliente, que permite um processo de automação pronto em dias, com toda a estrutura pronta e bastante seguros.
Segundo Mohriak, o maior problema nas jornadas de automação é descobrir os processos que podem ser automatizados e que valham a pena. "Essa decisão era subjetiva ou baseada em dados não reais. O que é importante hoje, é investir na descoberta e priorização dos processos e para isso temos uma solução chamada de inteligência de processos e a disciplina de descobrir o que pode e deve ser automatizado baseado em dados reais. Trabalhar com IA para dar indicações do que fazer – documentação e comunicação do processo sem subjetividade traz resultados reais e finalmente esta decisão pode ter ângulos de estratégia que consideram custos, mas visam oportunidade e ter novas linhas de receita", explicou.
Para ele, o indispensável nos processos de automação, dependendo da estrutura e o backlog das automações, é ter a possibilidade de os usuários criarem suas estruturas de automação, avaliá-las e alinhar estes processos às estratégias das empresas. " Resumidamente é preciso que empresas estejam aptas a usar a nuvem, pensarem nos projetos de automação digital, prestar atenção ao front office, ter os clientes como parte de process discovery e sair da automação departamental para os processos end to end em toda a companhia", finalizou.