Painelistas discutem papel da automação para a transformação digital

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O primeiro painel da 5ª edição do RPA – Robotic Summit , promovido pela TI Inside, nesta segunda-feira, 29, os painelistas discutiram as estratégias para viabilizar a transformação alavancada pelas soluções de automação. O mercado está cada vez mais exigindo flexibilidade, fluxos de tarefas ao invés de usar muitos aplicativos de negócios separados para realizar o trabalho, plataformas de software como serviço (SaaS), que permitam transições de baixo atrito para novos modelos de aplicações de acordo com as exigências dos clientes.

Para Henrique Hashimoto Cavalcante, head de Transformação Digital na Certsys, iniciou sua apresentação conceituando que Transformação Digital vai além da automação de processos e passa sim pela mudança cultural dos colaboradores que questionam: como se faz para otimizar o que se tem, como eu faço melhorar os processos? O que  pensar antes da inovação ou o que é o  melhor para o negócio?

"Quando se fala de transformação,  de criar um novo modelo nos projetos de  Transformação Digital é preciso identificar quem são os concorrentes, qual o valor que eu quero entregar aos meus clientes, que dados vou usar e somente então partir para  usar a inovação para responder estes questionamentos . Tudo tem que começar do início e ir melhorando e escalando conforme as demandas para se ter sucesso", pontuou o executivo.

Segundo Hashimoto, quando se fala de Transformação Digital, antes de tudo se trata do  engajamento e tornar a empresa apta a usar as tecnologias e garantir digitalmente que se está apto para fazer qualquer coisa. "Sem estar digitalizado não há como automatizar. A automação, muda processos e modelos e o RPA é um habilitador disso tudo.   A ideia é que façamos um foundation, um programa onde se pode selecionar uma área para pivotar a transformação e  quando a empresa está sincronizada para que esses processos se tornam cultura, para aí então entrar com a inovação", disse.

Neste aspecto Hashimoto explica que inovação não se trata apenas de ter novas ideias ou a criação de novos produtos ou serviços, é ter a visão de  entregar valor ao cliente de uma forma sustentável ou lucrativa  do ponto de vista do modelo de negócios.

"O caminho da transformação digital não tem um mapa definido, é preciso escolher os caminhos que se pretende seguir. Isso é importante para a sobrevivência dos negócios, desde ter novos produtos da maturação da ideia até o lançamento, ter novas curvas  de maturidade para se ter continuidade. Entretanto, sem digitalizar,  sem automatizar, sem consolidar o que já se tem, todo esse esforço será um trabalho inócuo.  Mesmo em automações na prática tudo será uma mudança de pensamento, pensar no valor do que está se fazendo. Teste  e falhe rápido ( mas do jeito certo de errar ) e  tenham sucesso", sentenciou o executivo.

Wendell Maranhão, consultor de Negócios da Mex Consulting assentou que também é importante num ambiente que se pretende digital ou estar em transformação digital saber qual a nova lógica das mudanças trazidas pelo  digital. " A lógica das mudanças rápidas , das respostas instantâneas, da flexibilidade e agilidade é o que se precisa hoje. Uma empresa para ser competitiva e trazer inovação no ambiente digital, tem que estar adequada a lógica do mundo digital", reitera o executivo.

Segundo ele, alguns aspectos para as empresas terem sucesso neste processo com foco no consumidor é precoso se basear neste fator para tomar decisões, assim como  os feedbacks constantes,  promovidos por meio da tecnologia, que permitem ter ideias sobre como os clientes compreendem e entendem o que lhes é ofertado e com base nesses insights poder  trazer  a inovação e melhorar produtos e serviços, o que é essencial para competitividade neste cenário mundial de negócios. "Entregas mais ágeis  são vitais em todo processo desde a  idealização, produção, lançamento e obter o feedback . Cada vez mais os produtos têm um ciclo de vida menor e mesmo com uma evolução gigantesca  que ocorreu na pandemia,  as que mais se sobressaíram foram aquelas que  responderam de forma rápida mostrando sua resiliência e flexibilidade nos processos a fim de  adaptarem-se às mudanças e dessa forma sobreviverem num mundo mais competitivo", analisou.

Conforme mostrou o executivo da Mex, recente estudo detectou que  o desafio mais comum dos executivos é coletar insights e torná-los em ações em tempo ideal, e um terço deles considera usar Real Time Analytics (RTA) para melhorar a experiência dos clientes. "O Gartner trouxe entre as tendências o amadurecimento da IA, hiper automação, cloud distribuída e destacou a experiência total como fatores fundamentais de sobrevivência no mercado no futuro. A Experiência Total envolve  um colaborador bem engajado proporcionando uma experiência mais atrativa ao cliente . Assim as empresas vão deixar de se preocupar somente com a experiência do cliente e passar a olhar para a experiência do colaborador também pois é ele que  que interage com o cliente", explicou.

Como disse,  o RTA  ajuda neste processo como ferramenta poderosa para preencher este espaço  de interação entre empresas e cliente, ajudando  a entender com base em dados históricos e banco de dados e contexto de relacionamento que está acontecendo  e trazendo alertas para desencadear processos automatizados." O tempo de resposta na resolução dos problemas  com menor esforço humano possível é o desafio das companhias que precisam  ter informações muito bem organizadas para dar apoio ao cliente e ajudá-las neste sentido, a captar os sentimentos e proporcionar mais empatia e acolhimento entendendo seus  comportamentos e atendendo-os de forma mais completa", reiterou o executivo.

Para Fernando Mattoso Lemos, CTO da Microsoft , embora o momento que estamos vivendo seja chamado de quarta revolução industrial  liderada pela transformação digital, que já está acontecendo há algum tempo,  vivemos um momento de questionamento das nossas relações. "Vimos o avanço possibilitado pela tecnologia nos planos de impacto das organizações. Neste contexto, o Brasil  é líder neste aspecto especialmente nas instituições financeiras  e hoje  a transformação digital já faz parte do dia a dia das pessoas.

"Empresas preparadas para este momento, como o da pandemia,  alcançaram seus objetivos  e cresceram. A  transformação empodera empresas, pessoas e organizações. Ela foi responsável pela atração, desenvolvimento e retenção de talentos. A tecnologia é uma ferramenta e  os ignitores da tecnologia são as pessoas", acentuou o executivo. " Hoje existem no mundo muito players de tecnologia mas eles estão provendo as ferramentas para que as pessoas sejam executivas da transformação e protagonistas na transformação das empresas onde trabalham. Mais que qualquer outro fator , o mais importante são as pessoas por trás de qualquer processo.  São elas que aplicam as curvas de inovação, atraem e desenvolvem as tecnologias  e assim são as criadoras. O fator humano é que está no centro de qualquer automação seja para facilitar seu trabalho diário, seja para melhor atender o cliente, seja para impulsionar a real transformação das empresas", concluiu.

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