Post content – O uso de tecnologias, como sensores, IA e monitoramento por satélite para gerenciamento eficiente das áreas agroindustriais demandam maior gestão de dados, informações e conhecimentos em todas as etapas da cadeia produtiva em uma nova infraestrutura onde os mundos, físico e digital, estão totalmente interconectados no campo ou na indústria.
Para se obter os benefícios do aumento de produtividade, a empresa voltada ao universo agrícola deverá também combinar uma série de recursos que vão desde infraestruturas – como conectividade móvel que pode ser aplicada através de redes móveis privadas, 5G ou 4G, passando por automação dos serviços para redes e aplicações, até a incorporação de tecnologias para segurança e melhor experiência digital com uso de plataformas e softwares que fazem análises, evita desperdícios e garante a sustentabilidade e disponibilidade de recursos naturais.
Também vem ganhando destaque a utilização de drones agrícolas, veículos aéreos não tripulados (VANTs), que são capazes de criar imagens, mapas e relatórios, além de variados dados de relevância, para que o gestor das áreas agrícolas tenha uma visão prévia para realizar a pulverização com a máxima precisão, entre outras operações demandadas nos diversos cenários agroindustriais e mineração.
Um exemplo é a solução CropScope da NEC, que usando os dados acumulados da atividade agrícola obtidos através de imagens de satélite e sensores, simula as condições de campo, bem como do crescimento do plantio de modo virtual. A Inteligência Artificial está se tornando uma tecnologia vital na agricultura digital e implantada em grande escala, como acontece em outros setores da economia. A indústria agrícola está buscando cada vez mais aumentar a qualidade de produção e a disponibilidade onde a IA é essencial para a previsibilidade e suporte aos provedores e aos produtores do futuro agroindustrial, transformando as cidades e regiões agroindustriais em grandes centros de inovação e eficiência.
Em 2017, segundo o blog Rehab, o mercado global de inteligência artificial na agricultura foi avaliado em cerca de US$ 545 milhões, que agora está sendo atualizado e previsto para chegar a quase US$ 2.075 milhões até 2024, crescimento acumulado de 21% ao longo do período dessa previsão.
Agricultura 5.0
Com a transformação digital, o setor entra num período batizado de Agricultura 5.0, onde as redes móveis 5G estão viabilizando a operação de máquinas autônomas, adoção de Internet das Coisas e coleta de dados automáticas para gerar insights e permitir a tomada de decisão com uso de algoritmos, para otimização de diferentes culturas agrícolas.
Essa automação traz ainda o benefício adicional de aperfeiçoar os processos operacionais de produção e planejamento das lavouras, e, ao mesmo tempo, compartilhar informações com a equipe, aumentando a capacidade de trabalho dos colaboradores em empresas do setor.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento estima que a conexão 5G pode aumentar em 25% a conectividade em propriedades rurais, o que contribuiria para maximizar em 6% o valor bruto da produção agropecuária brasileira. A tecnologia viabilizaria a operação remota de drones, tratores e colheitadeiras, que precisam de conexão de alta velocidade para seu pleno funcionamento, que inclusive poderá ser realizada de forma remota, conectada a uma rede de sensores no solo para fornecer dados em tempo real e assim retratar as verdadeiras condições da plantação, por exemplo.
Além disso, uma rede privada 5G aliada a aplicações de identificação digital servirá ainda para monitorar a propriedade rural, trazendo segurança para evitar roubos, invasões, detectar incêndios, através de dispositivos de videovigilância instalados em postes, cercas e porteiras, que também poderão emitir alertas de qualquer movimentação não autorizada.
A Agro 5.0 é o futuro do campo, mas para isso é fundamental que se tenha as infraestruturas ideais para esse trabalho – como conectividade móvel que pode ser aplicada através de redes móveis privadas, 5G / 4G, ou redes LPWAN.