A Microsoft pretende continuar cobrando taxas de licenciamento dos fabricantes de handsets para o uso do seu sistema operacional Windows Mobile, apesar do acirramento da concorrência com a chegada ao mercado do Android do Google, lançado na semana passada pela operadora de telefonia móvel T-Mobile em parceria com a fabricante taiwanesa High Tech Computer (HTC). A informação é da versão on-line do jornal americano New York Times.
A empresa cobra de US$ 8 a US$ 15 por telefone equipado com o sistema, de acordo com a empresa de pesquisas Strategy Analytics, o que, segundo analistas, é extremamente alta para um sistema operacional móvel, considerando principalmente que os fabricantes agora podem incorporar o Android gratuitamente.
Embora não exista uma razão econômica para a Microsoft não oferecer o Windows Mobile gratuitamente, os analistas acham a decisão um tanto estranha uma vez que concorrentes como a Research In Motion (RIM), fabricante do BlackBerry, a Apple, Nokia e agora o Google têm condições melhores de ganhar escala no mercado do que o Windows Mobile.
Mas esses analistas usam como comparação a tentativa frustrada da Apple e de distribuidores de software livre de levar o Mac OS e o Linux em larga escala para desktops para mostrar como a luta contra um monopólio é dura. A própria Microsoft baixou os preços do videogame Xbox para ganhar participação de mercado e obteve um o crescimento enorme. Por isso, eles acham surpreendente que a empresa não dê um tratamento diferenciado ao mercado de handsets.