O Tribunal Superior Eleitoral investiu R$ 3 milhões em um serviço de transmissão de dados via satélite para tornar mais ágil a apuração de votos no próximo domingo, 5, em áreas não atendidas pela infra-estrutura convencional de telecomunicações ou em localidades de difícil acesso.
O serviço foi contrato da Tesacom, empresa especializada em soluções de satélite e canal da Inmarsat para a venda do serviço BGAN (Broadband Global Area Network) no Brasil. Ela também vai fornecer cerca de 1,2 mil equipamentos para o TSE utilizar nas eleições.
"Finalizada a votação, o presidente da mesa retira o disquete da urna eletrônica e transmite os dados via satélite pelo equipamento. Com isso, não compromete a apuração", garante Dante Quinterno, presidente da Tesacom do Brasil, acrescentando que a tecnologia utilizada nas eleições brasileiras é única no mundo. Segundo ele, com o terminal BGAN, as informações podem trafegar com velocidade de até 492 Kbps e 256 Kbps em streaming dedicado.
O serviço BGAN foi anunciado há dois anos, mas a aprovação pela Anatel só aconteceu em julho de 2008. O Broadband Global Area Network é como uma antena, basta posicioná-lo na direção do satélite para iniciar a transmissão de dados. O serviço é oferecido via constelação I-4, satélites de comunicações comerciais lançados pela Inmarsat – composta por três satélites geoestacionários, sendo que o terceiro foi colocado em órbita no mês passado.