A Oi (ex-Telemar) registrou receita bruta consolidada de R$ 18,7 bilhões nos primeiros nove meses do ano, 5% superior à do mesmo período de 2006. A receita líquida atingiu R$ 13,1 bilhões (+5%) e o lucro líquido foi de R$ 1,4 bilhão (+108%). O Ebitda (lucro antes de despesas financeiras, impostos, depreciação e amortizações) consolidado atingiu cerca de R$ 4,9 bilhões, uma expansão de 7,7% em relação ao período de janeiro a setembro do ano passado. A margem Ebitda foi de 37,8%.
Do segundo para o terceiro trimestre, o Ebitda consolidado aumentou 20%, para R$ 1,9 bilhão, e a margem Ebitda avançou de 36,6% para 43%. O resultado foi impactado por efeitos não-recorrentes, no valor de R$ 229 milhões. Excluindo esses efeitos, o Ebitda consolidado foi de aproximadamente R$ 1,7 bilhão, 5,2% maior do que o do segundo trimestre e 8,3% superior ao do terceiro trimestre do ano passado. A margem Ebitda, sem os fatores não-recorrentes, foi de 37,8%.
A Oi atingiu no fim de setembro 30,6 milhões de usuários, sendo 14,3 milhões em telefonia fixa, 14,9 milhões em telefonia móvel e 1,4 milhão no Oi Velox, serviço de acesso à internet em banda larga. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a base de clientes da empresa aumentou 8,9%, influenciada principalmente pela expansão do Oi Velox (+33%) e da telefonia móvel (+18%). Apenas no terceiro trimestre, o Oi Velox contabilizou 127 mil adições líquidas, maior número registrado em um trimestre desde o lançamento do serviço, em 2001. Antes disso, as adesões ao Oi Velox nunca haviam chegado ao patamar de 100 mil em um período de três meses, segundo a operadora.
Na telefonia móvel, a Oi conquistou cerca de 2,3 milhões de novos clientes nos últimos doze meses, terminando o terceiro trimestre na liderança de sua área de atuação (Região 1), com participação de mercado de 27%. Considerando apenas o trimestre, as adições líquidas somaram aproximadamente 1,3 milhão de clientes, maior nível desde o quarto trimestre de 2005. Em meados de outubro, a empresa alcançou 15 milhões de clientes na telefonia móvel.
?Sem subsidiar aparelhos ou lançar mão de práticas que pudessem comprometer a trajetória de aumento da nossa rentabilidade, imprimimos mais agressividade às nossas ofertas e com isso consolidamos a liderança de mercado em telefonia móvel na nossa área de atuação?, afirmou o diretor de finanças e relações com investidores da Oi, José Luís Salazar.
Na telefonia fixa, apesar da tendência mundial de migração para a telefonia móvel, a empresa diz que a base de clientes se manteve praticamente estável, devido à adoção de uma política de crédito mais flexível. Os planos alternativos chegaram a setembro com 4,7 milhões de clientes, o equivalente a 33% das linhas de telefonia fixa em serviço.
De janeiro a setembro, a Oi investiu R$ 1,3 bilhão, sendo 82% em telefonia fixa (incluindo transmissão de dados) e 18% em telefonia móvel. A maior parte dos recursos foi aplicada na ampliação da infra-estrutura da planta de dados.
Nos primeiros nove meses do ano, o endividamento da empresa manteve a trajetória de queda. Em setembro, a dívida líquida da empresa totalizava R$ 3,1 bilhões, 44% menor do que a do mesmo mês do ano passado e equivalente a 48% do Ebitda acumulado em 12 meses. Em setembro, o saldo de caixa e aplicações financeiras era de R$ 6,3 bilhões, segundo relatório do balanço.
A receita operacional bruta da empresa de telefonia móvel aumentou 21% em relação aos primeiros nove meses de 2006, para R$ 4,1 bilhões. A receita líquida cresceu 22%, para R$ 3,1 bilhões, e a receita com serviços móveis (excluindo a venda de terminais) teve alta de 31%, atingindo R$ 3,6 bilhões. O lucro líquido da empresa atingiu R$ 241 milhões, contra prejuízo de R$ 73 milhões nos primeiros nove meses do ano passado. O Ebitda alcançou R$ 803 milhões, um aumento de 133% em relação ao mesmo período de 2006. A margem Ebitda foi de 26%, ante 13,6% dos primeiros nove meses de 2006. No terceiro trimestre, a margem Ebitda da telefonia móvel foi de 33%, contra 26% do segundo trimestre e 9,7% do terceiro trimestre de 2006.
O provedor Oi Internet terminou o mês de setembro com 3,4 milhões de clientes. Deste total, 2,8 milhões utilizavam o acesso discado e cerca de 600 mil haviam aderido ao serviço de banda larga. O provedor está presente em mais de 2,2 mil localidades.