A TIM Participações viu seu lucro líquido alcançar R$ 316 milhões no terceiro trimestre do ano, praticamente dobrando a cifra registrada em igual período de 2010, quando a empresa teve lucro de R$ 146,5 milhões. No período a receita líquida da operadora atingiu R$ 4,4 bilhões, alta de 18,9% na comparação anual, enquanto a receita bruta total somou R$ 6,4 bilhões, crescimento de 23,4% sobre os R$ 5,2 bilhões ganhos no terceiro trimestre de 2010.
Entre julho e setembro, o EBITDA —sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizaçoes— alcançou R$ 1,152 bilhão, com margem de 26,4%. Um ano antes, o EBITDA atingiu R$ 1 bilhão, com margem de 28,2%.
Mercado
Durante o terceiro trimestre, a operadora contabilizou 10,2 milhões de adições brutas, um aumento de 36,5% e crescimento de 1,5 ponto percentual em market share entre setembro de 2010 e setembro deste ano. Com estes números a empresa se consolida à frente da Claro em posição de mercado, com 26,04%.
Na modalidade pós-paga houve adição líquida de 632 mil clientes, alcançando 8,7 milhões de usuário ao fim de setembro. A base pré-paga, por sua vez, atingiu a marca de 50,6 milhões de usuários, um aumento de 27,3%. Na base pré-paga, 95% tem o plano Infinity. “Estamos num mercado altamente competitivo e precisamos perseguir duas metas: massificar o serviço e melhorar a qualidade das redes, porque o País oferece um potencial de retorno maior do que o mercado europeu”, afirma Luca Luciani, presidente da TIM Brasil.
Outro vetor da expansão nos lucros da companhia é o crescimento da utilização de serviços de voz. A média de minutos por usuário (MOU) da TIM atingiu a marca de 130 minutos no trimestre, alta de 5,2% frente a igual período de 2010, impulsionado pelos estímulos da empresa para uso dos serviços. O tráfego total de usuários cresceu 32,8%, para 22,4 bilhões de minutos e a receita média por usuário (ARPU) atingiu R$ 21,2, redução de 9,5% em um ano.
Durante teleconferência de resultados, Luciani disse não temer a iniciativa de concorrentes que tentam copiar o modelo de negócios dos planos de voz e dados da operadora. “Acho que uma empresa, mesmo que seja líder de mercado, não pode se manter por muito tempo com uma oferta que não seja sustentável”. Sobre a possibilidade de o mercado viver uma 'guerra de preços', o executivo comentou que “existem maneiras de crescer sem copiar os planos dos concorrentes”.