A Sony anunciou nesta terça-feira, 1°, os resultados financeiros do segundo trimestre do ano fiscal de 2016, encerrado em 30 de setembro, com uma queda no lucro líquido, já que registrou prejuízo com a venda de seu negócio de baterias e a forte valorização do iene.
A fabricante japonesa de eletrônicos disse que o lucro operacional caiu para 45,7 bilhões de ienes (o correspondente a US$ 436 milhões) ante 88 bilhões de ienes um ano antes. O lucro líquido de 4,8 bilhões de ienes (US$ 48 milhões) no período de julho a setembro, o que representa uma queda de quase 86% na comparação com os 33,6 bilhões de ienes registrados em igual período do exercício anterior. Já a receita totalizou 1,68 trilhão de ienes (US$ 16,7 bilhões), queda de 11% ante 1,89 trilhão de ienes obtidos um ano antes.
A Sony atribui os fracos resultados se devem ao fato de ter reservado a maior parte dos recursos para perdas ocasionais decorrentes da venda de seu braço de bateria. A companhia informou que reservou 32,8 bilhões de ienes para perda financeira decorrente da redução do valor recuperável no segundo trimestre.
A Sony havia reduzido sua previsão de lucro na segunda-feira, 31 de outubro, para o ano fiscal que termina em março, citando a venda da divisão de baterias, e dizendo que iria obter um lucro líquido de 60 bilhões de ienes, abaixo de uma expectativa anterior de 80 bilhões de ienes. A mudança resultou na decisão de vender a unidade de bateria do grupo para a Murata Manufacturing por 17,5 bilhões de ienes.
A empresa também disse que os fracos resultados foram em parte devido a uma queda nas vendas de smartphones, bem como a redução nas vendas de sensores de imagem por causa do iene forte. Os sensores são um componente para câmeras de smartphones e são produzidos no Japão, mas em grande parte vendidos no exterior.
A Sony também disse que os danos causados à fábrica em Kumamoto, no Sul do Japão, após um terremoto ocorrido em abril, impactaram seu lucro, custando quase 48 bilhões de ienes no primeiro semestre.