O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) passará a avaliar a qualidade dos serviços de internet em banda larga no Brasil. Para tal, o órgão está instalando equipamentos em casas de voluntários que irão monitorar o nível dos serviços prestados pelas operadoras de telecomunicações.
O trabalho será realizado a partir de convênio firmado este ano com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), braço técnico do Comitê Gestor da Internet no Brasil.
Os equipamentos irão monitorar a qualidade da rede por três meses, verificando também o atendimento aos usuários. Durante esse período, os voluntários não poderão usar o serviço de banda larga para fins pessoais.
O chefe da Divisão de Metrologia em Telecomunicações do Inmetro, Rodolfo Souza, estima que até o fim do ano os cem equipamentos programados já estarão instalados em sete das principais capitais do país. "A gente quer verificar como está o serviço real da operadora. Nós temos condições de medir com bastante precisão", afirmou.
Segundo ele, o objetivo do projeto é fazer a avaliação da banda larga fixa dos principais provedores que existem no mercado, tanto por cabo, como por modem, abrangendo as diversas tecnologias que existem. A metodologia foi apresentada previamente às operadoras que, entretanto, desconhecem quais os serviços contratados que estarão sendo analisados. O Inmetro está coletando os comentários das empresas sobre o estudo.
As cidades onde estão sendo feitos os testes foram escolhidas pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil. Nessas capitais há pontos de troca de tráfego de todas as operadoras. Souza informou que isso permitirá ao Inmetro avaliar o comportamento de cada operadora. A expectativa é divulgar os resultados no início de 2010. Ele ressaltou, contudo, que o trabalho não tem característica de fiscalização. "Ou seja, não vai aplicar uma multa." A finalidade é mostrar a qualidade do serviço que está sendo prestado. "É mais de cunho informativo."
Até medos do ano que vem, Souza espera que seja iniciada a segunda fase do estudo, abrangendo a banda larga móvel. A metodologia de testes será, entretanto, diferente da pesquisa para banda larga fixa. A ideia é o Inmetro contratar cinco ou seis serviços de banda larga móveis, sem que a operadora saiba qual é a finalidade proposta, para poder analisar a mobilidade e área de cobertura, entre outros fatores. Serão feitas divulgações parciais dos resultados, à medida que eles sejam alcançados. O estudo deverá ocorrer em sete ou oito capitais brasileiras. A metodologia será apresentada em breve às operadoras. "Todo esse processo é muito transparente, muito claro e formal", afirmou Souza. As informações são da Agência Brasil.
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