O Grupo Telefónica e a Caisse de dépôt et placement du Québec, um grupo de investimento global, chegaram a um acordo para a construção, o desenvolvimento e a operação no Brasil de uma rede neutra e independente de fibra por atacado, com a criação da FiBrasil Infraestrutura e Fibra Ótica AS.
Após a conclusão da operação, o Grupo Telefónica e a CDPQ terão, cada um, 50% da FiBrasil em um modelo de governança de co-controle. A participação de 50% do Grupo Telefónica será realizada por meio da Telefônica Brasil (Vivo) e da Telefónica Infra, braço de infraestrutura do Grupo Telefónica. Cada empresa terá 25% de participação.
Atuando como uma empresa de atacado neutra, a FiBrasil está pronta para implantar e operar redes de fibra em cidades de médio porte fora do estado de São Paulo, e para comercializar acesso à fiber-to-the-home (FTTH) a todos os provedores de telecomunicações, permitindo-lhes oferecer esses serviços a seus clientes finais. A nova empresa já começa com um portfólio de 1,6 milhão de Homes Passed (HPs) oriundos da Telefônica Brasil, e pretende expandir a rede para 5,5 milhões de domicílios em um período de 4 anos, acelerando a migração dos clientes para a fibra e contribuindo, assim, para o desenvolvimento tecnológico do país.
A CDPQ está investindo um total de até R 1,8 bilhão nesta joint venture, incluindo pagamentos primários e secundários. As contribuições de capital projetadas pela CDPQ e a alavancagem esperada da FiBrasil fornecem um plano de negócios totalmente financiado para cumprir as metas de implantação da empresa. A FiBrasil está pronta para se tornar uma empresa líder no mercado de fibra no Brasil, com o apoio de um forte grupo de acionistas.
Como um dos maiores investidores institucionais em infraestrutura do mundo, com ativos líquidos de R$ 136 bilhões) neste setor, a CDPQ contribui com sua forte capacidade e experiência de longa data em gestão de investimentos em infraestrutura. A Telefónica, uma das maiores companhias globais de serviços de telecomunicações, fornece pilares sólidos para apoiar os planos de crescimento da empresa e traz a sua capacidade técnica, além do histórico na implantação e operação de redes de fibra. A FiBrasil também se beneficiará da capacidade de comercialização da Vivo – como principal cliente -, em seus diversos canais de vendas online e offline.
Ángel Vilá, Chief Operating Officer (COO) do Grupo Telefónica, comentou: "Estamos muito entusiasmados com esta oportunidade de fazer uma parceria com a CDPQ, com quem compartilhamos a ambição de acelerar a implantação da fibra no Brasil, contribuindo para os planos de crescimento da Vivo e para o desenvolvimento digital do país. Estamos também muito satisfeitos em colocar a nossa experiência em FTTH e capacidades comerciais nesta parceria, unindo forças com a CDPQ como um elemento-chave para o sucesso, fortalecendo nossa proposta de valor e reforçando nossa estratégia de crescimento".
Emmanuel Jaclot, Vice-Presidente Executivo e Líder de Infraestrutura da CDPQ, disse: "A CDPQ está entusiasmada em estabelecer uma joint-venture com a Telefónica, uma das principais provedoras de serviços de telecomunicações do mundo, para acelerar a entrega de infraestrutura de fibra de próxima geração para mais 5 milhões de lares brasileiros. Esta transação é uma oportunidade para diversificar ainda mais nosso portfólio de infraestrutura e demonstra o interesse contínuo da CDPQ pelo Brasil e pela região da América Latina, onde vemos oportunidades em uma variedade de setores".
"A Vivo será o principal cliente da FiBrasil, consolidando-se como a maior operadora convergente do país. A transação está dentro dos nossos pilares estratégicos, permitindo à Vivo melhorar o time-to-market e, ao mesmo tempo, ter um uso ainda mais eficiente de recursos financeiros ", disse Christian Gebara, CEO da Telefônica Brasil. Gebara também mencionou que "a fibra será um fator chave para o crescimento futuro da receita da Vivo, com o objetivo de atingir pelo menos 24 milhões de HPs até o final de 2024, e a FiBrasil será a plataforma para expandir a cobertura para cidades greenfield".
A transação está sujeita à aprovação regulatória e o fechamento do negócio está previsto para ocorrer no segundo trimestre de 2021.