Para o Gartner, apenas 5% de software no mundo hoje é vendido como serviço (SaaS) mas esse esse número deve subir para 25% em cinco anos, representando em torno de US$ 70 bilhões em negócios. O IDC aponta que esse mercado já cresce a taxas de 32% ao ano e deve representar US$ 10 bilhões em 2008.
Mais rápido ou mais lentamente, o ambiente de TI migra inexoravelmente para o modelo de aquisição de software ?on demand?, radicalmente diferente da venda de licenças de hoje.
Segundo Sanjay Agarwal, diretor geral da Valuenet, que participou nesta quarta-feira, 2/4, do 1o. Seminário Software como Serviço, promovido pela revista TI INSIDE, o cliente busca a simplicidade do uso do software, análogo ao que temos hoje na internet.
Ele aponta a evolução do modelo hosted, em que o cliente contrata serviços de um data center para hospedar suas aplicações mas continua como ?dono? do produto e responsável por sua manutenção. No modelo ?on demand?, o cliente integra o necessário para o negócio da sua empresa, diminuindo o custo total de propriedade (TCO).
Para Agarwal, esse modelo apresenta desafios como segurança, integração com o legado, customização e link. Mas traz vantagens como queda de custos já que o cliente não é proprietário da licença, não precisará arcar com o custo dos servidores nem da manutenção e evolução do sistema que deve atender o negócio ao longo do tempo.
Segundo David Dias, diretor da IBM, com o novo modelo de negócio de software como serviço o papel do CIO é posto em cheque. "Ou ele será um Chief Innovation Officer ou será 'absorvido' pela cloud computing", diz o executivo. "Hoje nas corporações a escolha das ferramentas é feita pelo usuário/cliente. A equipe de TI apenas implementa", completa.