A Intel deve cortar até mil postos de trabalho da sua fábrica instalada do Novo México com a interrupção, programada para agosto, da produção de chips de memória de 135 nanômetros, segundo comunicado divulgado nesta quarta-feira (2/5) pela empresa. A razão do corte seriam as perdas registradas ano a ano pela companhia com a fabricação de memórias flash, que são usadas em telefones celulares e câmeras digitais, e também em discos rígidos de PCs.
Segundo a fabricante de chips, somente no primeiro trimestre deste ano a divisão perdeu US$ 283 milhões, de uma receita de US$ 469 milhões. No mesmo período do ano passado, a perda foi de US$ 125 milhões para uma receita de US$ 544 milhões.
Com o encerramento da produção dos chips de 135 nanômetros, a Intel espera manter os custos sob controle. A companhia afirmou, no entanto, que pretende continuar a vender tais chips produzidos em outras unidades, embora verifique um aumento na demanda por chips com menor número de componentes, como os de 90 nanômetros e 65 nanômetros.
A unidade do Novo México tem 1,5 mil empregados, que foram convidados a avaliar outra colocação na companhia ou a aderir ao pacote de ?benefícios? ao desligamento. Os cortes, segundo a empresa, não estão relacionados diretamente à reorganização da companhia, anunciada no ano passado pelo CEO Paul Otellini, que vai reduzir 10 mil empregos.