Apesar da crise financeira mundial, o crescimento do chamado mercado de consumo de PCs continua a impulsionar as vendas indiretas, em detrimento da comercialização de forma direta, tendência que deve se manter nos próximos quatro anos, de acordo com estudo do Gartner. Segundo a consultoria, isso obrigará os fabricantes a realizarem investimentos nas estratégias de go to market. As vendas de PCs por canais indiretos representavam 66,6% do total em 2004, número que saltou para 74,3% no ano passado, puxado pela expansão dos mercados emergentes, e que deve atingir 80% em 2012.
"O canal de vendas diretas ainda tem a preferência dos clientes de determinados segmentos, como empresas, governo e profissionais de educação, entre outros", observou Tiffani Bova, vice-presidente de pesquisas do Gartner.
Segundo a analista, no entanto, os consumidores finais e o segmento de pequenos negócios vão puxar o crescimento das vendas dos canais indiretos, principalmente de varejistas. "Com isso, poderemos ver o crescimento de uma variedade de varejistas de PCs não tradicionais, tais como Wal-Mart e Carrefour", avaliou Tiffani.
Segundo ela, as operadoras de telefonia também começarão a desempenhar um papel muito mais ativo como um canal viável para vendas de notebooks e netbooks, principalmente aqueles atrelados aos planos de internet em banda larga móvel 3G. Cenário que já é realidade no Brasil com Claro, Vivo e TIM, que têm acordo com a Microboard, LG e Positivo, e Asus, respectivamente, para a venda de computadores portáteis com 3G embarcada.
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