O Google anunciou na segunda-feira, 1º, em Belo Horizonte, o programa Bolsas de Pesquisa Google para a América Latina, para identificar e apoiar pesquisadores da região que estejam desenvolvendo projetos acadêmicos de ponta em ciências da computação. O programa vai oferecer US$ 1 milhão em bolsas para custear de 15 a 20 projetos de pesquisa avançada pelo período de 12 meses, com possibilidade de renovação por dois anos.
Conforme explica o diretor de engenharia para a América Latina do Google, Berthier Ribeiro Neto, os valores se destinam a estudantes e orientadores dos projetos — US$ 1,2 mil mensais para doutorandos e US$ 750 para seus professores; US$ 750 para mestrandos e US$ 675 para os docentes.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, que participou do anúncio do programa, falou sobre o desafio de manter a tecnologia da informação como um elemento dinâmico da economia, da cultura, do conhecimento e da informação pessoal e empresarial. "Nós, quando falamos que vivemos a era do conhecimento, nos referimos ao impacto que as tecnologias da informação criam na vida dos indivíduos e da coletividade", disse Aldo. "Espero que os alunos que tenham acesso a essas bolsas consigam contribuir para a criação de uma vanguarda no país."
Complementaridade
Para Ribeiro Neto, "o programa complementa esforços do governo federal", especialmente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), ao apoiar pesquisa e capacitação.
Segundo o executivo, dentre os campos de pesquisa em foco no programa, estão aprendizado de máquina e mineração de dados; engenharia de software e linguagens de programação; gerenciamento de base de dados; interação homem-máquina; internet das coisas, incluindo cidades inteligentes; mapas digitais; plataformas móveis; privacidade; retenção, extração e organização de informações.
As inscrições seguem abertas até 6 de julho, pela página do programa. Após a data, uma comissão interna do Google deve analisar as propostas e o currículo dos candidatos. Os orientadores ficam encarregados de submeter projetos em nome de mestrandos ou doutorandos. De acordo com Ribeiro Neto, a seleção levará em conta três critérios principais: alinhamento com a estratégia da empresa, potencial impacto da pesquisa e qualidade geral do projeto. A previsão é que os vencedores sejam anunciados em agosto. Com informações do MCTI.