Fundada em 1999, a ePharma tornou-se referência por trazer ao país diferentes modelos de gestão de programas de benefícios de medicamentos (PBM), realizando os mais diferentes modelos de gestão, como de benefícios de medicamentos para funcionários e colaboradores para o mercado corporativo; programa de Farmácia Popular do Ministério da Saúde; importação e gerenciamento de medicamentos de alto custos oriundos de decisões gerenciais; programas para enfermidades especiais da indústria farmacêutica, home delivery para operadoras de saúde, entre outros. Mais de 30 milhões de transações em 2018 e 25 por segundo, em prol de pacientes de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal.
Tendo em vista seus acelerados crescimento e diversificação nos últimos anos, a empresa resolveu em 2017 criar uma unidade de tecnologia da informação independente, montando uma estrutura própria que hoje soma cerca de 50 colaboradores que atuam em análise, desenvolvimento, infraestrutura, produtos e Business Intelligence.
Segundo o diretor de TI, Thiago Mônaco, desde então a unidade já trouxe uma série de inovações, migrou o data center para a nuvem Microsoft Azure, com duas instâncias de backup em duas cidades diferentes nas costas Oeste e Leste dos EUA. "A mudança facilitou ainda mais a customização dos programas conforme as necessidades de cada usuário de medicamentos", acrescenta o diretor de TI.
A e-Pharma também está se adaptando à Lei de Proteção de Dados Pessoas, obteve a certificação SOC 2 e se prepara para ser homologada pela norma ISO-27001, padrão para sistema de gestão da segurança da informação.
Mônaco, explica também que a empresa fez investimentos relevantes para adoção da ferramenta de business intelligence Power BI da Microsoft, que contribuiu para formar uma rica base de dados e indicadores relacionados ao fluxo de dispensação de medicamentos e autorização de procedimentos. "Com isso, operadoras, indústrias e o varejo farmacêutico passam a ter elementos e dados muito precisos para aprimorar o gerenciamento de resultados", enfatiza, acrescentando que hoje a empresa está investindo em soluções que usam Inteligência Artificial e Machine Learning.
Mercado
Hoje, a ePharma está conectada a mais de 27 mil farmácias, 1.300 clínicas médicas e laboratórios de diagnóstico. Em 2018, essa rede credenciada possibilitou a dispensação de 25,4 milhões de medicamentos para a população brasileira.
Devido a crescente gama de remédios e tratamentos disponíveis e barreiras como acesso distante para boa parte dos consumidores, a empresa promoveu uma total reinvenção do seu plano de negócios, processo concluído no ano passado.
A meta foi projetar a ePharma além de uma simples PBM. "Apostamos nas nossas capacidades realmente diferenciadas para ampliar e qualificar a oferta de soluções, que abrangem assistência farmacêutica, gestão de saúde populacional e acompanhamento de pacientes que utilizam medicamentos de uso contínuo e de alto custo", destaca o fundador e presidente Luiz Carlos Silveira Monteiro, que também comanda a PBMA – Associação Brasileira das Empresas Operadoras de PBM.
Unidades de negócios
Como resultado dessa reorganização, as operações foram segmentadas em três unidades de negócios. Uma delas é a tradicional PBM, focada em dar suporte ao mercado corporativo na gestão de benefícios de medicamentos para funcionários e colaboradores. A formatação do programa consiste na integração eletrônica da rede de farmácias a um software que verifica a elegibilidade na dispensação de remédios, considerando o beneficiário e o prescritor, a disponibilização de eventuais descontos, entre outros itens.
Também é possível armazenar as informações para as empresas contratantes. Estima-se que essa solução assegure aos clientes uma economia anual de R$ 751 milhões, somente levando-se em conta o preço preferencial. Essa redução é ainda maior se for inserida nessa conta a efetividade do sistema autorizador. Essa plataforma fez com que a ePharma fosse selecionada como autorizadora das transações do Aqui tem Farmácia Popular, lançada pelo governo federal em 2006 e que estendeu os serviços da Farmácia Popular para os estabelecimentos da rede privada, com descontos a partir de 90%. Cerca de 8 milhões de brasileiros são atendidos pelo sistema, que gerou a dispensação de mais de 17,8 milhões de unidades em 2018.
O sistema autorizador da empresa, inclusive, obteve recentemente a certificação SOC 2. A chancela assegura ao mercado que a ePharma atende a todos os princípios de confiança estabelecidos pelo American Institute of Certified Public Accountants (AICPA) na TSP Seção 100, além de ratificar o cumprimento de preceitos fundamentais de segurança, disponibilidade, integridade de processamento, confidencialidade e privacidade.
Outro carro-chefe é a unidade de Specialty Care, que respondeu por parte relevante do faturamento de 2018 e fortalece a condição da ePharma de integradora de serviços para o mercado de saúde, tanto para a indústria farmacêutica como para as operadoras. Essa divisão uniu as operações da área de Primary Care, que viabiliza o acompanhamento de pacientes com doenças crônicas, desde o pré-diagnóstico até a dispensação; e da In Health, incorporada à empresa em 2014 e destinada a facilitar o acesso a medicamentos de alta complexidade ou para o tratamento de patologias raras. Mais de 64 mil pessoas já são monitoradas por essas soluções todos os meses.
No ano passado, a ePharma iniciou incursão no segmento de gestão de saúde populacional com a ProHealth, voltada a incentivar a conscientização em favor do autocuidado e da prevenção de riscos, com redução de custos evitáveis para empresas e operadoras de planos. As outras duas áreas – Corporativa e Tecnologia da Informação – atuam como suporte para essas três unidades.
Resultados
As plataformas da ePharma atraíram a atenção dos principais laboratórios em atuação no país, além dos maiores players ligados à saúde suplementar. O portfólio de clientes reúne ainda companhias como Arcelor Mittal, Carrefour, Claro, Heineken, Mercado Livre e Philips. Ao todo, foram computadas mais de 30 milhões de transações em 2018, o que equivale a uma média de 25 a cada segundo e movimentou em torno de R$ 1,28 bilhão.
"Integramos governo, indústria, varejo farmacêutico, operadoras e empresas que concedem benefícios aos colaboradores. Dessa maneira, contribuímos para a população abraçar boas práticas e, consequentemente, atenuar os excessivos custos que oneram os atores da saúde privada e pública", finaliza Monteiro.