O programa Escolas Conectadas entra em nova fase com foco na expansão da conectividade em áreas remotas do país. Um acordo firmado entre o Ministério das Comunicações, a Telebras e a Entidade Administradora da Conectividade de Escolas (Eace) viabilizará o acesso à internet de alta velocidade para mais de 4,1 mil escolas públicas nos próximos meses, por meio de tecnologia via satélite.
A Telebras, responsável técnica pela operação, fornecerá os equipamentos, garantirá o pleno funcionamento dos serviços e capacitará profissionais técnicos e de atendimento envolvidos na execução do projeto.
"A parceria fortalece a inclusão digital e a transformação da educação no Brasil. Levar internet às escolas públicas é garantir que nenhum estudante fique de fora do mundo digital", destacou o ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, durante a cerimônia de assinatura do termo, realizada nesta quarta-feira (2), no Centro de Operações Espaciais Principal (COPE-P), em Brasília.
Com foco na infraestrutura de conectividade em áreas sem cobertura de fibra óptica, o acordo amplia o alcance do programa e reforça o compromisso com a universalização do acesso à internet nas escolas públicas até 2026. Hoje, 73 mil escolas contam com conectividade – o que representa cerca de 53% das mais de 138 mil unidades públicas do país.
Segundo o presidente da Telebras, André Leandro Magalhães, o projeto conecta mais do que instituições de ensino: "conecta pessoas, oportunidades e futuros. Estamos falando de um passo essencial na missão de transformar a educação por meio da tecnologia".
Para o diretor-geral da Eace, Flávio Santos, o contrato representa um marco. "É um passo concreto rumo à inclusão digital. Com ele, mais de 4 mil escolas passarão a ter acesso à internet de qualidade, mesmo em regiões de difícil acesso, promovendo equidade e ampliando oportunidades educacionais".
Além da conectividade, as escolas beneficiadas contarão com cobertura wi-fi total. Para aquelas que não possuem energia elétrica ou que operam apenas com geradores a combustível fóssil, serão adotadas soluções como conexão à rede elétrica pública ou fornecimento de geradores solares fotovoltaicos.
O programa Escolas Conectadas integra diversas frentes e fontes de recursos, incluindo aportes do Leilão do 5G, do Fust, da Lei 14.172/2021 e do Programa de Inovação Educação Conectada (PIEC), totalizando R$ 6,5 bilhões. Outros R$ 2,3 bilhões complementares virão do FNDCT e de outras legislações ligadas à conectividade.
A articulação inclui também políticas como o Wi-Fi Brasil, Aprender Conectado, Norte e Nordeste Conectados, Programa Banda Larga nas Escolas Urbanas (PBLE) e o Programa de Atendimento a Escolas Rurais, com objetivo de democratizar o acesso digital e reduzir desigualdades no ensino público brasileiro.
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