A décima segunda edição do relatório Web Shoppers, produzido pela e-bit com o objetivo de difundir informações sobre o comportamento dos internautas e sua relação com o e-commerce, mostra que o comércio eletrônico continua em expansão no Brasil.
O fechamento do balanço do primeiro semestre deste revela que as lojas virtuais brasileiras movimentaram, juntas, R$ 974 milhões, o que confirmou o aumento projetado de 30% em relação ao mesmo período de 2004. Para chegar a esse crescimento, o estudo considerou a evolução do setor, a expansão da base instalada de e-consumidores, o maior volume de vendas e a estabilização do valor do tíquete médio.
De acordo com o relatório, o total movimentado significa que, em apenas seis meses, as lojas virtuais faturaram mais do que 2002 inteiro, ano no qual o volume total de vendas foi de R$ 850 milhões, e ficaram muito próximas às receitas obtidas em 2003, que fechou com R$ 1,18 bilhão.
Na avaliação da participação por produto nas vendas do semestre, o estudo detectou que a cada compra foram gastos, em média, R$ 297, valor próximo ao registrado no Dia das Mães e no Dia dos Namorados, que atingiram R$ 305. Já o volume de pedidos acompanhou o mesmo crescimento de 30% do faturamento e chegou a pouco mais de R$ 3 milhões no início do ano.
No ranking dos produtos mais vendidos, a categoria Títulos de CDs, DVDs e Vídeos continuou liderando com 22% de participação, porém em percentuais menores do que o verificado no primeiro semestre de 2004, cuja participação foi de 27%. Em segundo e terceiro lugares, vieram respectivamente os livros, revistas e jornais, com 17%, e os produtos eletrônicos, com 12%.
O relatório aponta que o tíquete médio permaneceu com o valor próximo ao registrado em 2004, com valores entre R$ 290 e R$ 300. Portanto, credita como o principal fator responsável pelo crescimento do setor no semestre a expansão da base de consumidores.
O estudo considera e-consumidores todas as pessoas que já tiveram pelo menos uma experiência de compra virtual desde o ano 2000. Com base nisso, aponta que no fim de junho o número já beirava a casa do 4 milhões. Ou seja, em apenas seis meses, a base de clientes do e-commerce nacional cresceu cerca de 20%, passando de 3,25 milhões para os 4 milhões de pessoas.
Quanto ao perfil do e-consumidor, o relatório detectou que não houve grandes mudanças. A maioria (71%) está na faixa etária entre 25 a 49 anos e cerca de 58% são do sexo masculino. Em relação à motivação de compra, o fator mais importante ainda é o nome da loja. Cerca de 22% das compras foram feitas pela digitação direta do endereço do site da empresa. Em segundo lugar, com cerca de 14% de participação, ficaram as compras influenciadas por promoções via e-mail.
Já a satisfação com o serviço de entrega das lojas virtuais apresentou um índice bastante elevado. Cerca de 81% dos e-consumidores disseram estar satisfeitos com o serviço e que receberam todos os produtos dentro do prazo determinado.