Governo deve usar web para se comunicar mais com a sociedade, diz especialista

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O governo precisa se adaptar às mudanças nas relações das instituições públicas com a sociedade e aproveitar os novos canais, como mídias sociais e outros meios digitais, para se comunicar com o cidadão. A avaliação é de Marcelo Coutinho, diretor de inteligência do Terra América Latina e professor da Fundação Getúlio Vargas.
Durante palestra proferida nesta quinta-feira, 2, no Senado, ele falou sobre os conceitos e estratégias das redes sociais na internet. Coutinho observou que, apesar da ampliação do acesso à internet, é preciso mais participação das instituições públicas na web e nas redes sociais, como Facebook, Orkut e Twitter, entre outros.
O professor frisou que os órgãos públicos devem oferecer oportunidades de interação com os cidadãos. "As instituições públicas que atendem ao interesse público como o Senado devem falar com as pessoas por meio da internet. Não se trata apenas de um nicho, mas parte significativa do eleitorado", enfatizou Coutinho. De acordo com Coutinho, o aparecimento das redes sociais reordenou a estrutura de poder da comunicação porque o cidadão usuário da internet deixou o papel de receptor das informações públicas para se transformar em produtor e fonte das notícias. Isso ocorreu, principalmente, segundo ele, por causa da ampliação do acesso à internet e da redução de custo para a produção e distribuição de conteúdos.
"As barreiras de custo para produzir e distribuir informação despencaram, o que abalou o monopólio dos meios de comunicação e modificou as relações de poder", resumiu Coutinho. O professor da FGV explicou que a internet é a terceira mídia com maior poder de informação, atrás apenas de TV e rádio. Como o perfil dos usuários é formado basicamente pela população jovem, sua importância tende a crescer. Entretanto, ele disse não acreditar que as mídias tradicionais desaparecerão. "Meios de comunicação como TV, rádio e jornal continuarão existindo, mas sua importância tem diminuído. A mídia de massa influencia parte dos temas debatidos nas redes sociais, mas também é pautada por elas", concluiu. As informações são da Agência Senado.

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