O governo de Montenegro solicitou o apoio do FBI norte-americano para investigar os recentes ciberataques atribuídos a um grupo de hackers russos chamado Cuba. O alvo foi a infraestrutura digital estatal, mas ainda não se sabe a real extensão de um eventual roubo de dados, de acordo com a agência Reuters.
A Agência de Segurança Nacional montenegrina classificou os ataques como "sem precedentes" e disse que os serviços de TI do governo foram atingidos.
Na última sexta-feira, 26, o ministro da Administração Pública, Marash Dukaj, comentou os ataques no Twitter. "Embora alguns serviços estejam temporariamente desativados por motivos de segurança, as contas dos cidadãos e entidades empresariais e dos seus dados não está de forma alguma ameaçada", disse ele, comparando os ataques a outros que ocorreram em 2015 e 2016.
A Embaixada dos EUA em Podgorica também havia informado o ataque, alertando para o risco de "interrupções nos setores de serviços públicos, transporte e telecomunicações". O órgão, inclusive alertou seus cidadãos para que limitassem a movimentação em território montenegrino.
Segundo Dukaj, 150 estações de trabalho de dez instituições estatais foram infectadas, mas não houve um pedido de resgate por parte dos agressores. Para as autoridades montenegrinas, os ataques podem ter sido uma represália por Montenegro ter aderido às sanções impostas a Moscou em função da guerra na Ucrânia.