No cenário corporativo atual, os projetos são elementos essenciais para o crescimento e a inovação nas empresas. Sejam voltados para a área de tecnologia, marketing, operações ou recursos humanos, a necessidade de acompanhar de perto o andamento dessas iniciativas é fundamental. No entanto, muitas organizações enfrentam dificuldades significativas para gerenciar seus portfólios de forma eficaz
Embora as empresas utilizem ferramentas, sistemas e planilhas para monitorar o que está em andamento, a maioria desses recursos não foi projetada para lidar com a complexidade e a integração exigidas por projetos corporativos, de grande escala. Isso resulta em uma falta de visibilidade que compromete a capacidade de gestão e a conexão dessas iniciativas com a estratégia global da organização. Essa desconexão prejudica não só a execução das ações, mas também o alinhamento delas com os objetivos estratégicos da companhia.
A ausência de uma governança unificada e eficaz sobre o portfólio de projetos é um problema crítico. Segundo o relatório "Pulse of the Profession", do Project Management Institute (PMI), 9,9% de cada dólar investido em projetos é desperdiçado devido à má gestão. A falta de clareza sobre a situação real das iniciativas dificulta a tomada de decisões informadas, levando a atrasos, aumento de custos e, em última instância, ao fracasso em alcançar os resultados esperados. Não é incomum que gestores e colaboradores tenham dificuldade em responder se um projeto será entregue no prazo ou se está em linha com as expectativas. Essa incerteza revela a necessidade urgente de uma abordagem mais estruturada e estratégica para a gestão de projetos.
Além disso, um estudo da McKinsey & Company reforça essa realidade, apontando que 70% dos projetos de transformação falham em atingir seus objetivos devido à falta de alinhamento estratégico e à ausência de governança adequada. Esses números evidenciam a necessidade de uma governança unificada que alinhe os projetos à estratégia da empresa, proporcionando a visibilidade necessária para o sucesso.
A solução para esse desafio reside na adoção de um modelo de governança robusto, que não apenas monitore o progresso dos projetos, mas também integre todas as iniciativas sob uma visão única, alinhada à estratégia corporativa. Essa abordagem deve permitir a identificação precoce de problemas e oferecer uma visão clara dos fatores que estão impedindo o sucesso dos projetos. A governança unificada, apoiada por tecnologias avançadas, como a inteligência artificial, proporciona essa visibilidade, oferecendo respostas precisas sobre o status dos projetos e permitindo ajustes necessários antes que as situações se tornem críticas.
Entretanto, a eficácia de qualquer ferramenta ou sistema depende da presença de uma expertise ampla em gestão e práticas de liderança. A tecnologia, por mais avançada que seja, deve ser complementada por conhecimento especializado em alta performance. As empresas que conseguem combinar esses elementos estão mais bem posicionadas para monitorar e executar seus projetos de forma eficiente, garantindo que cada um esteja alinhado com os objetivos estratégicos e contribua para o crescimento do negócio.
A governança de projetos, quando bem executada, vai além do simples acompanhamento de tarefas. Ela envolve a criação de uma cultura organizacional que valoriza a visibilidade, a integração e o desenvolvimento contínuo das competências necessárias para o sucesso. É uma ciência que, quando aplicada corretamente, pode transformar projetos em verdadeiros catalisadores de inovação e crescimento.
É isso que assegurará a competitividade e que os projetos não apenas sejam concluídos, mas também entreguem valor real e sustentem a trajetória de crescimento da organização.
Alex Salino, CEO da beefor.