A adoção da IA Generativa pelas empresas brasileiras cresce cada vez mais ao passar dos anos, um levantamento realizado pela Microsoft em conjunto da Edelman constatou que 74% das empresas no país já adotaram a IA dentro de algum processo em 2023, um aumento de mais de 10% com relação a 2022. Contudo, em meio a esse crescimento surge a preocupação de muitos profissionais com relação ao espaço no mercado de trabalho.
Durante o CONARH, iniciado na última terça-feira,27, Marcelo Pirani, diretor da feira, e Vanessa Togniolli, People Executive Director da CI&T, conversaram com a TI Inside a respeito do tema. Pirani reconhece que o desenvolvimento da IA Generativa deva afetar o mercado, porém, afirma que todo esse movimento é inevitável e os profissionais precisam do apoio do RH nesse momento, "o RH é o setor que pode direcionar, sensibilizar, inspirar e até instrumentalizar as pessoas para que elas possam utilizar essa ferramenta.", afirma.
Vanessa enxerga a tecnologia como uma aliada, promovendo, dentro da CI&T, o uso da IA, tanto na linha de frente quanto em áreas de suporte, como RH e finanças. A empresa desenvolveu uma iniciativa interna de aceleração de inovação dentro do RH, onde equipes multidisciplinares foram treinadas em metodologias de inovação por três meses. Esses grupos foram desafiados a identificar problemas reais de negócio e criar soluções usando a IA. A estratégia também envolveu gamificação e certificações para incentivar o aprendizado das novas ferramentas.
As aplicações da Inteligência Artificial nos recursos humanos
De acordo com Pirani, a principal aplicação da tecnologia já sendo utilizada na área é dentro do processo de recrutamento e seleção, mas ainda é necessário cautela no uso dela, "Eu tenho uma pergunta que eu penso nela todos os dias, qual será o nosso papel quando os robôs fizeram tudo? Eles vão fazer e já estão fazendo muitas coisas, contudo, agora tem uma coisa que talvez um robô não substitui ainda, que é a sensibilidade é o olhar da percepção e o cuidado", comenta.
O diretor apoia a parceria entre a tecnologia e o lado lado humano, automatizando partes das análises, e otimizando o trabalho, deixando uma lista selecionada de candidatos a serem avaliados pelos recrutadores, que então analisaram, de maneira humanizada, cada um dos profissionais.
Na CI&T, Vanessa, já utiliza a IA em sua estratégia para fazer o "match" entre habilidades internas e vagas disponíveis, acelerando o preenchimento de posições e promovendo o desenvolvimento de carreira dos funcionários. Embora a empresa tenha testado ferramentas de IA no recrutamento externo, ainda não encontrou uma que atenda às suas necessidades. A executiva também está atenta à questão da humanização no processo, distinguindo entre a gestão, que pode ser automatizada, e a liderança, que envolve a construção de confiança, onde o lado humano é essencial. Outro ponto destacado por ela foi a importância da proteção de dados e segurança no uso da IA, com especialistas em LGPD e segurança cibernética integrados nas equipes.
Por fim, Vanessa ressalta os benefícios da integração entre equipes de RH e TI, que resultou na redução de conflitos internos e no aumento da agilidade nas entregas.
Excelente reflexão sobre a integração da IA no RH! Concordo plenamente que, enquanto a automação pode otimizar processos, a sensibilidade humana é insubstituível. A combinação de IA e humanização, como mencionado, é essencial para um recrutamento eficaz e para o desenvolvimento de carreira. A inQuesti acredita que a IA deve ser uma aliada, promovendo a eficiência sem perder de vista o fator humano. Trabalhamos para garantir que as soluções de IA sejam implementadas de forma equilibrada, respeitando tanto a inovação quanto a necessidade de um toque humano. Saiba mais sobre como podemos apoiar sua empresa em https://inquesti.com.br/inteligencia-artificial/