A fabricante de processadores gráficos de alto desempenho NVidia anunciou o seu próximo grande salto em tecnologia, prometendo entregar chips que aceleram um conjunto de tarefas de computação, bem como aperfeiçoam os recursos gráficos.
A companhia apresentou um novo projeto de chip, batizado de Fermi, que terá como alvo aplicações científicas e de negócios e executa tarefas "muito além das convencionais", como a geração de imagens em videogames. Segundo a NVidia, o chip, que utiliza menos de 3 bilhões de transistores, é o mais complexo já concebido por ela.
Em entrevista ao The Wall Street Journal, o CEO da Nvidia, Jen-Hsun Huang, não foi específico sobre a data de chegada ao mercado do novo chip, mas afirmou que a empresa tem trabalhado com afinco no projeto.
Quando questionado sobre como ele via a entrada da AMD, que começou a vender este mês um chip gráfico com 2,15 bilhões de transistores, nesse segmento de mercado, Huang disse "ninguém gosta quando a concorrência tem um produto e nós não". Mas observou que a estratégia da empresa no mercado de chips gráficos é diferente da AMD, e previu que o atraso não terá muito impacto nos negócios da empresa.
Segundo especialistas, a NVidia tem conseguido conquistar novos mercados com seus chips gráficos. E, embora os produtos da empresa disponham de muitos mecanismos de cálculo, que podem trabalhar juntos, em paralelo, ainda faltavam a elas características exigidas para aplicações científicas e de negócios.
Huang garantiu que o Fermi é baseado em uma concepção fundamentalmente nova que aborda essas deficiências. E afirmou que o novo chip vai "tratar computação gráfica e computação paralela como cidadãos iguais". Entre outras coisas, segundo ele, a tecnologia oferece oito vezes a aceleração na chamada aritmética de precisão dupla, que é necessária para aplicações tais como álgebra linear, simulação numérica e química quântica.
"O Fermi também tem recursos para tornar muito mais fácil programar em C, utilizando a linguagem de programação C ++, e o desenvolvimento de software, como o Microsoft, Visual Studio", disse Huang. Os chips gráficos geralmente são considerados muito mais difíceis de programar do que os microprocessadores que gerem a maior parte das tarefas de cálculo dos computadores atuais.
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