Impulsionada pela evolução das expectativas dos consumidores, o financiamento de startups de saúde digital, como as especializadas em telessaúde e em tecnologia wearable, deverá dobrar nos Estados Unidos ao longo dos próximos três anos, crescendo de US$ 3,5 bilhões neste ano para US$ 6,5 bilhões até o fim de 2017, segundo projeção da Accenture.
De acordo com a consultoria, o financiamento de startups de saúde digital no ano passado foi estimado em US$ 2,8 bilhões, o que representa um crescimento da taxa anual de 31% desde 2008. Para 2015, a previsão é de US$ 4,3 bilhões.
"A ruptura digital está se desenrolando na área da saúde e vai mudar interações sociais, alterar as expectativas dos consumidores e, em última análise, melhorar os resultados da saúde", disse Dipak Patel, diretor de iniciativas de acesso a pacientes da Accenture. "Este movimento será sustentável se as startups de saúde digital aplicarem recursos para criar uma experiência perfeita para os pacientes e resultar em economias de custos médicos e melhores resultados."
A pesquisa da Accenture constatou que, entre 2008 e 2013, o financiamento de startups para soluções de saúde digitais abordaram quatro segmentos de mercado:
- Recursos de infraestrutura e interoperabilidade foram responsáveis por cerca de US$ 2,9 bilhões em financiamento de startups, que foram utilizados pelas organizações para atender mudanças na indústria e para se adaptar às orientações federais;
- Soluções de tecnologia wearable e programas de incentivo que visam uma mudança de comportamento entre os pacientes receberam US$ 2,6 bilhões em financiamento;
- Ferramentas de tratamento que permitem cuidados alternativos com uso de tecnologia, como telessaúde, que também receberam US$ 2,6 bilhões em financiamento;
- Tecnologias de diagnósticos conseguiram US$ 2,1 bilhões em financiamento, o que representa um rápido crescimento na oferta de ferramentas clínicas e de consumo, como o monitoramento remoto, que fornece profissionais com uma visão em tempo real sobre a saúde dos pacientes.
"Os líderes de saúde terão de abraçar capacidades digitais, não só para se manterem relevantes para os consumidores, mas para influenciar a mudança comportamental, melhorar o acesso aos cuidados canais e reduzir os custos por paciente", acrescenta Patel. "As organizações precisam tecer recursos digitais para o núcleo de seus modelos de negócios para a tecnologia fica embutido em tudo que fazem."
Metodologia
A previsão do estudo é baseada em análise de mercado, experiência de projetos, análise de terceiros e dados de 2000 startups de saúde digital que recebem financiamento entre 2008 e 2013, além de fabricantes de dispositivos médicos, empresas de biotecnologia, consultoria s e empresas públicas. A Accenture ressalta que não avalia a solidez do negócio de cada empresa.