O mercado está em constante transformação, as carreiras estão mudando e a forma como nos relacionamos e nos comunicamos também. Vivemos uma transformação digital, na qual a tecnologia é, cada vez mais, utilizada para melhorar o desempenho e garantir resultados mais efetivos para as empresas. Enfim, o mercado está se modernizando e se tornando digital. Até aí, nenhuma novidade.
Mas, nesse novo cenário, qual o papel das empresas de integração de TI? Podemos dizer, hoje, que essas integradoras vão muito além de simples fornecedoras de serviços, pois passaram a utilizar sua expertise para identificar e implementar controles automatizados de Workflow em relação a soluções tradicionais, como e-mails e anotações em papel. Isto eleva a produtividade e reduz custos e operações da empresa, permitindo maior controle e efetividade de seus serviços. Consequentemente, mostra também a importância de se conhecer a fundo e realmente entender o negócio do cliente, para poder ajudá-lo com agilidade na transformação digital de forma assertiva.
Atualmente, o principal canal digital é o smartphone, mas existem outros dispositivos móveis utilizados como ferramentas de integração, além da própria web e terminais de autoatendimento. A Internet das Coisas (IoT), por exemplo, já é uma realidade, com seus dispositivos wearables conectados, como pulseiras, relógios, roupas e casas inteligentes. Além disso, determinados atendimentos via chat já vêm sendo feitos por robôs integrados aos sistemas das empresas – conhecidos como chatbots.
Enfim, ser digital é pensar em novos produtos o tempo todo, nas necessidades dos atuais usuários – extremamente conectados – e conversar com facilidade com o cliente final. A transformação digital permite que as empresas segmentem melhor o público a partir de ferramentas de métricas e Data Analytics (trabalho analítico de grandes volumes de dados, armazenados e interpretados por softwares de alto desempenho), que analisam o comportamento e permitem uma abordagem mais direta e personalizada.
A preocupação do CIO não está mais só em olhar para o passado, ou seja, o BI (Business Intelligence) tradicional. O diferencial agora é mirar o futuro com análises preditivas e, por isso, é fundamental contar com fornecedores e consultorias de confiança para manter a operação ativa e em constante evolução. Quem não se adaptar, vai ficar para trás.
Para a consultoria, não basta ser confiável, é necessário resgatar o verdadeiro conceito de parceria e pensar junto o negócio de seu cliente. Ou seja, uma empresa de integração não pode ser apenas "o braço de TI" de seu cliente.
O profissional de TI moderno não está mais preocupado em centralizar as decisões de compra, pedir descontos ou escolher tecnologias. O verdadeiro "CIO do Futuro" já atua no presente e busca parceiros que acelerem seus resultados, facilitando seus processos de negócios, e liberem seu tempo para decisões mais estratégicas dentro de suas próprias organizações.
O mundo atual não permite retrocessos, e as tendências de mobilidade, computação em nuvem, inteligência cognitiva e análise preditiva vieram para ficar. E o papel das empresas integradoras de TI se define, sobretudo, pela necessidade de transformar o negócio do cliente, por meio de soluções digitais, em resultados reais e no menor tempo possível. Simples assim!
Sérgio Ferreira, sócio-diretor da Iteris.