O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) concretizou algumas mudanças nas leis e regulamentações do uso de drones no espaço aéreo brasileiro. As alterações foram feitas no documento ICA 100-40 e têm como objetivo deixar as ações dos usuários mais fáceis e práticas.
A medida visa agilizar as solicitações de voos, diminuir o tempo para recebimento de respostas e flexibilizar o uso de drones em locais próximos a aeroportos, desde que não comprometam a segurança das operações. Segundo informações divulgadas pelo DECEA, o número de solicitações de voos de drones cresce 40% por ano no país.
Para Rogério Neves, CEO da CPE Tecnologia, empresa que atua no mercado de soluções para geotecnologia, essa mudança era necessária. "Com o crescente aumento do número de drones no espaço aéreo brasileiro, era muito importante que houvesse flexibilizações para aproveitarmos os benefícios dessa ferramenta em sua totalidade", fala.
O executivo afirma que "os drones são tecnologias utilizadas todos os dias por diversas profissões em vários setores. Com a evolução deles e a melhor adaptação das leis e regulamentações, poderemos ver ainda mais drones sendo utilizados. No campo da topografia, por exemplo, eles são essenciais".
Um dos recursos mais utilizados em drones atualmente é o laser scanner acoplado. Neves comenta que "quando acoplamos lasers, conseguimos aumentar ainda mais essa precisão de leitura de áreas, promover mais agilidade e aumentar a quantidade de dados coletados em pouco tempo. Esse recurso pode ser utilizado em levantamentos topográficos, planialtimétricos e cadastrais, geração de modelos digitais de terrenos e elevações, modelos 3D e inspeção de estruturas, tornando o trabalho mais rápido e preciso, o que é benéfico para toda a cadeia produtiva".
Além dos setores de topografia, agrimensura e geotecnologia, os drones são comumente vistos nas áreas de construção civil, meio ambiente, mineração, projetos de engenharia, geologia, entre outros.