72% das lideranças de TI brasileiras notam a IA generativa muito mais presente na agenda das empresas, mostra estudo do Google Cloud

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Em 2024, a IA generativa tem sido muito mais abordada em reuniões ou fóruns dentro das empresas, segundo a percepção de 72% dos líderes de TI no Brasil. É o que mostra o estudo 'CTIOs no Brasil' realizado pela IDC Brasil, sob encomenda do Google Cloud, que analisou pelo quarto ano consecutivo o papel dos profissionais de TI no Brasil, desde superintendentes até CTIOs, e suas importâncias nas estratégias das organizações.

Também de acordo com o levantamento, em 2024, 68% dos líderes de TI estão buscando mais informações sobre tecnologias emergentes, como a IA generativa, enquanto em 2023 essa porcentagem era de 37%, representando um aumento de aproximadamente 30 pontos percentuais.

"Neste ano, a IA generativa tem ganhado ainda mais atenção entre as lideranças de TI, com maior aplicação da tecnologia nos desafios de negócios e o orçamento representando a maior barreira para avanço de sua implementação. Temos percebido, também, que os CTIOs estão mais ávidos por ampliar seus conhecimentos por meio de cursos e treinamentos para, assim, compartilhar com CEOs e membros de conselhos, contribuindo com o letramento executivo dessas pessoas.", destaca

Outra importante descoberta envolve o fato de que 61% desses executivos estão buscando cursos e capacitação em IA generativa para as suas equipes de TI, enquanto essa porcentagem era de 41% em 2023. Entretanto, quando o assunto é a implementação de IA, o principal desafio para a aplicação da IA nos processos das empresas é a dificuldade em garantir a qualidade dos dados utilizados (42%), enquanto em 2023 esse índice era de 24%. Em seguida, produtizar e escalar o uso da IA dentro da organização, em diferentes áreas e iniciativas, é apontado por 38% como o principal desafio, seguido pela preocupação com o uso de dados privados para treinar modelos de terceiros (31%). Apesar das preocupações, especialmente em garantir a qualidade dos dados, o estudorevelou que 93% dos CTIOs considerariam o uso de recursos autônomos de IA ou IA generativa sem a necessidade de supervisão humana – para gerenciamento de segurança da sua empresa.

CTIO mais distante do CEO

O estudo apontou ainda que o papel estratégico dos CTIOs continua em expansão, mas agora com foco em inovação e na influência da digitalização das empresas. Por essa razão, este profissional se distanciou do CEO e precisou se aproximar mais das outras áreas da organização. Em 2023, 38% dos CTIOs estavam mais próximos do que nunca do CEO e, em 2024, esse índice caiu para 16%. Por outro lado, em 2024, 51% precisaram se envolver na tomada de decisão estratégica de outras áreas para avançar com a digitalização do negócio, contra 27% em 2023.

Outro aspecto que valoriza o papel do CTIO apresentado no estudo se refere ao orçamento para a digitalização da empresa. Em 2024, 53% das lideranças contam com orçamento dedicado para a digitalização, separado do orçamento para sustentação da área de TI. Em 2023, essa porcentagem era de 29%. A maior influência em toda a organização tem, por consequência, gerado maior estresse por parte desses profissionais.

O estudo revelou que as funções dos líderes de TI são consideradas estressantes para 74% deles e as principais razões são: lidar com prazos apertados e metas de entrega (60%), estar pronto para as constantes mudanças tecnológicas (51%) e buscar formas de inovar constantemente (43%).

Já com relação à infraestrutura de nuvem, o estudo mostrou que, em 2024, a nuvem pública está presente em 100% das empresas entrevistadas e que 93% utilizam-se de provedores de nuvem pública que oferecem algum nível de integração entre recursos disponíveis em diferentes nuvens.

Houve um aumento na percepção de gastos com TI em 2024 por 41% dos entrevistados, como também na expectativa com os investimentos em serviços de nuvem para 50%. Mas, o avanço da nuvem pública nas empresas enfrenta desafios, dentre os quais destacam-se os operacionais, com preocupações relacionadas à latência e à estabilidade dos serviços; complexidade do ambiente, seja por sua arquitetura atual ou por questões de interoperabilidade e volume dos dados corporativos; escassez de profissionais treinados para gerir ou operar os serviços de nuvem.

"O estudo deixa evidente que a nuvem se tornou uma plataforma habilitadora da inovação e da evolução dos negócios. A infraestrutura digital que suporta as operações é híbrida e integra diferentes nuvens, dado que 64% das empresas participantes do estudo afirmaram contar com dois ou mais provedores para recursos de IaaS (infraestrutura como serviço) ou PaaS (plataforma como serviço)", comenta Luciano Ramos, Country Manager da IDC Brasil.

Metodologia

O estudo 'CTIOs no Brasil' ouviu 111 profissionais, de 27 de maio a 8 de julho de 2024, sendo 69% dos profissionais de empresas tradicionais que vêm se transformando digitalmente e 31% de empresas nativas digitais. A maioria (45%) tem mais de 5 anos de empresa e 47% são Superintendentes /Diretores de TI, enquanto 60% são os principais decisores na área de TI e influenciam e 40% participam sempre das decisões de TI.

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