Quando falamos em transformação digital e hiperautomação das corporações, imediatamente o tema é atrelado aos executivos responsáveis pela área de tecnologia, os CTOs (Chief Technology Officer). Mas, como costumo pontuar, esse processo só ocorre de forma plena e efetiva se houver uma cultura digital dentro da organização, se for um compromisso de todas as suas estruturas. Portanto, é assunto para todo mundo.
Inclusive e sobretudo para os CFOs (Chief Financial Officer), ou seja, os diretores e executivos financeiros. E por quê? Porque está na gestão contábil e fiscal das organizações um dos grandes gargalos para a digitalização. Ao mesmo tempo, está na gestão contábil e fiscal eficiente, isto é, ágil e precisa, livre de erros que geram desperdícios, o alicerce para a sustentabilidade financeira da empresa. É dizer: para a sobrevivência da empresa.
Recentemente, reli um artigo nesse sentido, publicado dois anos atrás, quando o mundo vivia o ápice do isolamento e distanciamento social por causa da pandemia de covid-19, e escrito por Veena Gundavelli. Ela é fundadora e CEO da Emagia, empresa global que proporciona a organizações a transformação digital de suas áreas financeiras. Reli com o intuito de refletir sobre o que e quanto avançamos em colocar o assunto em prática.
Àquela altura, em seu texto Veena sinalizava a importância da Inteligência Artificial para o processamento de documentos como notas fiscais, extratos, recibos, certificados, entre tantos outros que compõem os fluxos de um setor financeiro. A executiva observava o fato de que a automação robótica de processos (RPA), só ela, não era mais suficiente, diante da circulação em meio digital desses documentos, intensificada pelo inevitável trabalho remoto na pandemia. RPA é indispensável para trabalhos operacionais, repetitivos, mas, você sabe, gestão pede mais que isso.
Veena Gundavelli alertava: CFOs, é preciso prestar atenção para a "Inteligência Artificial de captura de dados cognitivos". Passados dois anos, os fatos mostram que a advertência fazia todo sentido. Não dá mais para as organizações postergarem, muito menos abrirem mão da hiperautomação de processos contábeis, fiscais e financeiros. Principalmente, não dá mais para restringir digitalização de processos ao fato de estarem on-line ou, no máximo, processados por robôs.
Entenda-se por hiperautomação a aplicação combinada entre RPA e Inteligência Artificial. A robotização é imprescindível para fluxos que só tomam tempo e ocupam profissionais em tarefas mecânicas, realizáveis com incomparável rapidez e acuidade por robôs. Por sua vez, a Inteligência Artificial identifica, extrai, analisa os mais diferentes tipos de documentos, nos mais variados formatos e, muitas vezes, em idiomas distintos também. Ambas devem ser convergentes.
Em setembro de 2020, Veena Gundavelli dizia que os CFOs deveriam começar "agora" o ingresso nessa transformação digital. Em 2022, e agora não são palavras da minha fonte, mas minhas: quem não começou, deve começar. O quanto antes. Não se trata mais de um "diferencial". Trata-se de manter uma organização adequada ao que a contemporaneidade exige. É questão de eficiência, de sustentabilidade, de entender um novo mundo que já começou.
Até porque esse "novo mundo" não é "nada de outro mundo". Nada de ficção científica. A hiperautomação de fluxos complexos, com o tal "fim da contabilidade e da gestão financeira" que anunciamos em um grande outdoor em Curitiba, em 2019, enfim, chegou. A gestão contábil, fiscal e financeira sem praticamente nenhum humano operando em uma empresa já é absoluta realidade, pé no chão. Tampouco é bicho de sete cabeças, algo só compreensivo por expertos em computação e tecnologia. Cada vez mais as soluções nesse sentido são operacionalizáveis de forma simples, intuitiva.
Aqui na ROIT, a Esteira de Hiperautomação é a maior evidência de como uma solução de ponta, tecnologicamente falando, pode ser acessível a quem mais precisa dela, seus usuários. Com fluxos em nuvem, articulando RPA com Inteligência Artificial, proporcionamos ao setor financeiro das empresas agilidade e rigor só possíveis de serem alcançados pelas tecnologias mais robustas e altamente especializadas. O time de profissionais fica com aquilo que lhe cabe, e que só ele saber fazer: cuidar da gestão, a partir de informações verdadeiras e, talvez o mais importante, em tempo real. Isto é, das análises e decisões estratégicas, do planejamento e da rápida execução; aplicar seu talento e competência em prol da organização e sua cadeia produtiva.
Se você ainda não começou… vamos começar?
Lucas Ribeiro, fundador e CEO da ROIT