Vendas fracas de smartphones e PCs leva Lenovo a registrar queda na receita pela primeira vez

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Pela primeira vez em mais de seis anos, a Lenovo teve queda na receita trimestral, em decorrência, principalmente, pela fraca demanda por telefones celulares e computadores pessoais. A receita caiu 8%, totalizando US$ 12,9 bilhões no terceiro trimestre do ano fiscal de 2015-2016, encerrado em 32 de dezembro. No período, a empresa promoveu um corte de custos de US$ 1,35 bilhão e fechou 3,2 mil postos de trabalho.

Os cortes de custos ajudaram a fabricante chinesa de PCs a aumentar em 19% o lucro líquido no trimestre, que somou US$ 300 milhões. A divisão de smartphones também registrou queda pela primeira vez desde que a Lenovo adquiriu a marca Motorola do Google, em 2014. No entanto, se fossem incluídos os encargos relacionados com o negócio, a empresa teria tido uma perda de US$ 30 milhões.

A empresa, assim como as demais fabricantes chinesas de smartphones e PCs, agora vem enfrentando o desafio de um mercado interno e global mais competitivo e com ritmo de crescimento mais lento. A prova disso é que as vendas da Lenovo registraram queda em quase todas as regiões do mundo, inclusive na China, onde as vendas no trimestre tiveram queda de 14%, para US$ 3,5 bilhões, representando 27% das vendas mundiais da empresa.

Na região da Ásia-Pacífico, as vendas totalizaram quase US$ 2 bilhões, ou 15% das vendas mundiais da Lenovo, mas as margens operacionais caíram 4,4 pontos, para 1%, na comparação trimestral anual, principalmente devido à retração do mercado de PCs no Japão e à flutuação da moeda.

Apesar disso, a Lenovo se manteve na primeira posição no mercado mundial de PCs, com 18,9% de market share. Esse desempenho foi impulsionado pela Índia, que cresceu 55% ano sobre ano. A empresa tmbém registrou um forte crescimento, de 123%, nos embarques de smartphones em toda a região, novamente devido ao forte crescimento na Índia e também na Indonésia, cuja expansão foi de 206% e 318%, respectivamente. Por fim, a divisão Enterprise aumentou sua participação e aumentou a rentabilidade.

Na região da Europa, Oriente Médio e África (EMEA) a tendência de queda se manteve. A Lenovo registrou vendas de US$ 3,5 bilhões, um declínio de 15% ano sobre ano, devido a questões cambiais e à desaceeração do mercado PCs. A região da EMEA respondeu por 27% do total das vendas mundiais da fabricante.

Já na região das Américas, a Lenovo viu as vendas caírem 7%, para cerca de US$ 3,9 bilhões no terceiro trimestre. Isto representou 31% do total de vendas mundiais. O lucro operacional na região foi de US$ 76 milhões, contra um prejuízo de US$ 22 milhões registrados no mesmo período do ano passado. Margem de lucro operacional foi de 1,9%. O melhor desempenho, resultado de ações de realinhamento comercial e de reestruturação globais, foi registrado no Brasil e na América Latina.

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