BB é contra pregão eletrônico em licitação de obras

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A diretora de logística do Banco do Brasil, Clara da Cunha Lopes, disse nesta segunda-feira (3/4), durante debate da Comissão Especial de Licitação e Contratos da Câmara dos Deputados, que realiza audiência pública sobre o tema, que existe espaço para uso do pregão eletrônico na contratação de serviços de engenharia. No caso de licitação de obras de engenharia, no entanto, ela considera que ainda é preciso uma análise mais detida sobre a pré-qualificação.

"A experiência tem demonstrado que uma boa compra depende da boa especificação do edital", enfatizou o secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna, que também participou da audiência. No caso de obras, o secretário do SLTI disse que a fase de pré-qualificação deveria ser ampliada.

A pré-qualificação é a verificação prévia das condições técnicas, econômicas e jurídicas dos interessados em participar das concorrências de um mesmo empreendimento. Na pré-qualificação, a empresa não apresenta proposta, mas apenas a documentação comprobatória dos requisitos definidos pelo edital como necessários à execução do futuro contrato.

O deputado Jorginho Maluly (PFL-SP) afirmou que a pré-qualificação é fundamental para garantir a conclusão de obras licitadas. Ele lembrou que, quando foi prefeito de Mirandópolis (SP), algumas empresas ganharam licitações e depois paralisaram obras, prejudicando o município.

Os participantes da audiência afirmaram que, atualmente, há dificuldades de definir "preço inexeqüível" na licitação, o que traz problemas para a administração pública. De acordo com a diretora de logística do BB, há vários casos de "empresas aventureiras" que entram nos pregões eletrônicos com preços muito baixos por não incluírem, por exemplo, os encargos sociais. "Esse é um ponto que precisa ser atacado. É fundamental que haja um efetivo acompanhamento dos contratos e punição dos infratores", disse Clara Cunha.

A audiência desta segunda-feira é a última realizada pela comissão especial antes de o deputado Márcio Reinaldo Moreira (PP-MG) entregar seu relatório ao Projeto de Lei 7709/07. O projeto integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e muda as normas para licitações da administração pública.

Com informações da Agência Câmara.

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