A TIM tem uma meta ousada no que diz respeito à penetração de smartphones/webphones em sua base de assinantes: superar 20% entre pré-pagos e 50% entre clientes pós-pagos. "Queremos em 15 meses dar um salto que os países desenvolvidos levaram cinco anos. E com uma diferença importante: sem subsidiar os aparelhos", afirmou o presidente da TIM, Luca Luciani.
O otimismo do executivo se baseia nos números do primeiro trimestre e de abril da operadora. Entre janeiro e março, a TIM vendeu 2,3 milhões de aparelhos, sendo 40% smartphones e webphones. Somente em abril foram vendidos 1,4 milhão de telefones móveis, dos quais mais da metade eram smartphones e webphones. Os clientes, portanto, estão sendo atraídos não pelo subsídio, mas pelos planos de serviços da TIM.
Ao mesmo tempo, a operadora comemora o sucesso da sua oferta de acesso ilimitado à Internet pelo celular por R$ 0,50/dia, o Inifinity Web, que registra atualmente 1,3 milhão de usuários por dia, cinco vezes mais que a quantidade verificada em agosto de 2010, quando o plano foi lançado. "O mercado global de telecomunicações está crescendo em dados. E, para isso, os smartphones são essenciais", acrescentou, Luciani.
Subsídio
O dinheiro economizado com o subsídio de aparelhos será aplicado em infraestrutura. Dois anos atrás, quase a metade do Capex da operadora era destinada ao subsídio de aparelhos. No primeiro trimestre de 2011, essa participação caiu para 15%. O impacto positivo dessa estratégia no Ebitda da empresa foi de R$ 150 milhões entre janeiro e março deste ano. Para se ter uma ideia, o subsídio médio por aparelho caiu 76% em 12 meses, baixando de R$ 95 para R$ 23. "Em vez de botar dinheiro em um ativo que dura um ano, vamos aplicar em ativos que duram 15 anos: a rede de telecomunicações", disse Luciani. A empresa promete investir principalmente em backhaul, seja por fibra ou por rádios IP.
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