Órgãos reguladores europeus ameaçam reabrir investigação contra Google Street View

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Órgãos de autorregulamentação publicitária na Europa confirmaram que podem reabrir investigação por suposta violação de privacidade do Google para elaboração do Street View, serviço que exibe imagens das ruas no Google Maps. De acordo com o órgão , além de infringir a privacidade das pessoas por meio das fotos, o serviço é acusado de capturar dados pessoais, como e-mails e senhas, de usuários de redes Wi-Fi. O objetivo disso seria alimentar a base de dados usada no sistema de localização dos smartphones com Android.

A possível reabertura das investigações se deve à revelação de um programador envolvido no projeto de que o acesso às informações dos usuários não foi por causa de um erro de programação, como havia alegado o Google, mas feito de forma deliberada pela empresa. Em documentos datados de 2007 e 2008 sobre o projeto, um e-mail explica que o software desenvolvido pelo Google pode rastrear e armazenar dados de roteadores não criptografados.

Na época, o episódio gerou reações similares em todo o mundo, mas, após um pedido de desculpas do Google, o serviço voltou a operar normalmente. Agora, com a descoberta do documento, a situação pode mudar. "Chegou até nós que o ocorrido era um simples erro", afirmou o comissionário de proteção de dados de Hamburgo, cuja investigação trouxe à tona o caso. "Agora, vimos que não foi um erro e que as pessoas dentro da empresa sabiam que as informações estavam sendo coletadas. Isso coloca o episódio sob uma ótica totalmente diferente", completa.

"É hora das autoridades de proteção de dados em todo o mundo trabalharem juntas", convocou o oficial holandês Jacob Kohnstamm em entrevista ao New York Times. Procurado pelo jornal americano, um porta-voz do Google em Hamburgo repetiu os comunicados anteriores sobre um processo: "Enquanto discordamos de algumas frases nos documentos, estamos de acordo com a conclusão da FCC [órgão regulador das telecomunicações nos Estados Unidos] que não violamos a lei. Esperamos deixar esse assunto para trás", diz a nota.

Ásia

Na Índia, uma audiência para a retirada da ação contra o Google e o Facebook foi adiada para o dia 23 de maio. Ao lado de outras empresas de tecnologia, eles são acusados de hospedar conteúdo ofensivo, o que é ilegal no país.  A ação corre na Corte de Nova Délhi.

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