O déficit da balança comercial de produtos eletroeletrônicos nos primeiros três meses deste ano atingiu US$ 3,51 bilhões, resultado 28% menor do obtido em igual período de 2008, quando foi de US$ 4,85 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).
Segundo a Abinee, a redução do saldo negativo da balança da indústria eletroeletrônica não ocorria desde os anos de 2002 e 2003, período em que o desempenho da econômica do Brasil foi modesto, demonstrando a forte relação entre este déficit e o comportamento da atividade econômica do país.
Entre janeiro e março deste ano, o setor eletroeletrônico apurou exportações de US$ 1,65 bilhão, resultado 26% inferior ao mesmo período de 2008, quando as vendas para o exterior somaram US$ 2,23 bilhões.
O desempenho foi impactado principalmente pelo declínio de 34% nas exportações de celulares, principais produtos exportados do setor, as quais caíram de US$ 493 milhões, no primeiro trimestre de 2008, para US$ 323 milhões, nos primeiros três meses deste ano, uma das maiores retrações da indústria. Já as exportações do segmento de informática recuaram 18% na mesma comparação, ficando em US$ 48 milhões.
As importações também refletiram a desaceleração da atividade do setor e foram 27% menores no período, totalizando US$ 5,16 bilhões. Sendo que as importações dos segmentos de informática declinaram 37% e de telecom 22%, as quais fecharam o primeiro trimestre deste ano em US$ 317 milhões e US$ 540 milhões, respectivamente. Os principais produtos importados foram os semicondutores, que totalizaram US$ 615 milhões, queda de 34%.
Já o faturamento do setor eletroeletrônico brasileiro recuou 12% no primeiro trimestre deste ano, ante os primeiros três meses de 2008. A receita dos segmentos de informática e telecomunicações registraram queda de 16% e 9% no período, segundo dados
Para o segundo trimestre deste ano, segundo a Abinee, 51% das empresas pesquisadas estão com expectativas de crescimento em relação aos primeiros três meses, enquanto que 36% esperam estabilidade e os restantes 13% estimam vendas menores.
- Perda menor