App Magalu fará ligação direta com chat para denúncias do Ministério da Mulher

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O Magalu lança, nesta semana, uma nova versão de seu botão de denúncia de casos de violência contra a mulher. Agora, além de dar acesso ao Ligue 180, o botão instalado no superapp do Magalu oferece acesso direto (via chat) ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, onde é possível realizar uma denúncia online. O design da página de denúncia também foi alterado. Ao mimetizar uma tela de carrinho de compras do app, garante a discrição da denúncia feita por mulheres que, em tempos de quarentena, estão isoladas com seus agressores.

"O botão de denúncia do Magalu ajuda a disseminar informação sobre um serviço público essencial que é uma grande conquista para as mulheres, o Ligue 180", diz Ana Luiza Herzog, gerente de reputação e sustentabilidade da empresa. "Nosso objetivo, com essa nova versão, é fortalecer a divulgação dos canais de apoio existentes e aumentar a eficiência da ferramenta e a segurança das mulheres que querem denunciar seus agressores."

Para redesenhar a funcionalidade, profissionais das áreas de tecnologia, sustentabilidade e marketing do Magalu colheram opiniões de um conselho curador de mulheres que atuam na causa. Ele é formado pela promotora de justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo Silvia Chakian, Jacira Melo, do Instituto Patrícia Galvão, e Elizabete Leite Scheibmayr e Marisa Cesar, do grupo Mulheres do Brasil. O Magalu também ouviu outros especialistas e colheu sugestões de seguidores enviadas por meio das redes sociais da companhia na internet. "Subimos uma versão rápida utilizando nossa tecnologia embarcada no superapp, sem necessidade de atualização do aplicativo", afirma Daniel Cassiano, diretor de tecnologia do Luizalabs. "Estimamos que num prazo de oito a dez dias todos os usuários terão seus aplicativos atualizados com a nova versão."

O Magalu tem como praxe esse modus operandi quando o tema é tecnologia. "O aumento alarmante dos casos de violência contra a mulher fizeram com que decidíssemos divulgar o botão mesmo antes que a nova versão estivesse concluída", afirma Ana Luiza. "Como uma empresa digital, o Magalu sabe que o importante é fazer rápido, e implementar melhorias constantes por meio das sugestões dos usuários e da comunidade envolvida com o tema."

Na última semana, a Lu, influenciadora virtual do Magalu, usou suas redes sociais para chamar atenção para o aumento dos casos de violência contra a mulher e estimular o uso da funcionalidade para denunciar os agressores. A postagem teve mais de 750 000 compartilhamentos no perfil do Instagram da companhia. Dos 3,3 milhões de seguidores na rede social, 80% são mulheres.

O ativismo do Magalu em relação ao combate à violência contra a mulher começou em meados de 2017. Foi quando o feminicídio de uma gerente de loja da companhia motivou Luiza Helena Trajano, presidente do conselho de administração do Magalu, a criar o Canal da Mulher, um serviço interno para apoiar as colaboradoras vítimas de violência. Desde o seu lançamento, o Canal da Mulher já apoiou 396 mulheres.

Na maioria das denúncias, o trabalho da equipe de profissionais consiste em ouvir as colaboradoras vítimas de violência e apoiá-las a fazer uso da rede pública especializada no atendimento à mulher. Nos casos mais críticos, no entanto, o Magalu oferece assistência jurídica e auxílio financeiro para que a colaboradora mude de cidade ou estado.

Em 2018, empresa lançou a campanha #EuMetoaColherSim, que faz alusão ao ditado popular "em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher". Em março de 2019, foi criado o botão de denúncia instalado no app. Desde o início da pandemia de covid-19, os acessos ao botão no app do Magalu, que direciona para o Ligue 180, cresceram 400%.

A violência doméstica contra a mulher cresceu com o isolamento social imposto pela pandemia. Segundo dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, nos meses de março e abril, as denúncias cresceram cerca de 18% e 38%, respectivamente, na comparação com os mesmos meses do ano passado. São números que reforçam a importância de disseminar, ainda mais nesse momento, informações sobre os canais oficiais que oferecem apoio às vítimas.

"A pandemia acentuou nossas desigualdades e vulnerabilidades sociais preexistentes, impondo maior exposição à violência doméstica e familiar a milhares de mulheres no nosso país, para as quais casa não costuma ser sinônimo de lar, mas sim de espaço de medo e insegurança", diz Silvia Chakian, membro do conselho curador do Magalu para o tema do combate à violência contra a mulher. "Neste momento, temos o imenso desafio de atingir os lugares mais críticos, muitas vezes invisíveis, onde a falta absoluta de informação e a dificuldade de acesso aos serviços de atendimento podem significar a precarização da vida dessas mulheres."

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