Um administrador de banco de dados de uma subsidiária nos Estados Unidos da Fidelity National Information Services, empresa de processamento de serviços financeiros, vendeu os dados de mais de 2 milhões de pessoas a uma empresa de venda de mailings, que revendeu uma parte das informações a outras empresas de marketing. As informações incluíam nomes, endereços, datas de nascimento, informações sobre conta bancária e cartões de crédito, segundo notícia publicada nesta terça-feira (3/7) pelo jornal americano de Washington Post.
A Fidelity admitiu a fraude, mas disse que as empresas usaram as informações apenas para enviar propagandas às pessoas. ?Não temos razão para acreditar que o criminoso lesou financeiramente os consumidores?, afirmou ao jornal Renz Nichols, presidente da Certegy Check Services, subsidiária da Fidelity, sem dizer, contudo, de quais empresas as informações que ela administra foram roubadas. A Certergy fornece um serviço de autorização de cheques a comerciantes.
De acordo com a empresa, quando uma investigação interna detectou que o computador havia sido violado, ela alertou o Serviço Secreto americano e pediu que contatasse as companhias que estavam emitindo as solicitações para seguir a origem dos dados. A investigação mostrou que a fonte dos dados era uma companhia da Certegy na qual o administrador da base de dados que roubou os dados trabalhava. Para evitar a detecção, ele fazia o download dos dados em um dispositivo de armazenamento.
A empresa disse que já começou a notificar os 2,3 milhões de clientes sobre as informações comprometidas. Também prestou queixa contra o administrador que roubou as informações e as empresas que as receberam.
Procurado para comentar o caso, o responsável pela subsidiária da Fidelity National Information Services no Brasil disse que não estava autorizado pela matriz a falar sobre o ocorrido. A reportagem de TI Inside Online também tentou contatar a sede da empresa nos Estados Unidos, mas não conseguiu.